A incubadora Acelera Angola lançou o concurso LISPA JUMPSTART para fomentar a utilização da inteligência artificial entre as startups e jovens empreendedores com ideias inovadoras nos sectores das finanças, mercados financeiros, mas também exploração agrícola.
Uma tecnologia da qual não se deve ter medo, segundo Lauretta Geraldo, gestora de ecossistemas e parcerias na Acelera Angola, disse à RFI.
Solução ou problema? A inteligência artificial está rapidamente a disseminar-se nas nossas vidas, mesmo se muitas vezes não nos apercebemos que ela nos acompanha. Muitos críticos mostram-se sépticos em relação às suas potencialidades, temendo que milhões de pessoas em todo o Mundo percam o seu trabalho que passaria a ser feito por computadores superinteligentes ou que as capacidades dos computadores ultrapassem as dos seres humanos.
Já as potencialidades mostram ser enormes, sobretudo nos campos da saúde, da mobilidade e da gestão de dados. É também a inteligência artificial que impulsiona actualmente muitas startups nos seus negócios, com a incubadora Acelera Angola a apostar em programas como o concurso LISPA JUMPSTART que quer fomentar o espírito empreendedor e o desenvolvimento de novas ideias de negócio que recorrem à Inteligência Artificial.
“Nós abrimos uma iniciativa de Jumpstart, um dos programas que nós temos, decorre durante uma semana para validar ideias para as startups. Neste última edição, abrimos as candidaturas para que as startups usem a inteligência artificial para sustentar as suas ideias. Tivemos mais de 100 startups que podem utilizar a inteligência artificial”, explicou Lauretta Geraldo, gestora de ecossistemas e parcerias na Acelera Angola.
Para esta especialista, a sociedade não deve temer a inteligência artificial, com a Acelera Angola a já ter adoptado ferramenta como o ChatGPT. “Muitas pessoas acham que é uma ameaça, mas não é. É um suporte, um apoio muito útil que nos ajuda a quebrar aquelas tarefas muito pequenas que antigamente fazíamos para dar atenção a uma ideia mais ampla.
A inteligência artificial consegue em pouco tempo dar-nos o resultado ou trazer informação relevante. Por exemplo, um processo que levaria seis semanas, conseguimos fazer dentro de umas horas utilizando o apoio da inteligência artificial”, declarou.
O programa LISPA JUMPSTART continua esta semana, após a selecção de entre 15 a 20 startups que vão chegar à próxima fase, onde vão depois ser ajudadas por mentores que ocupam lugares de destaque em empresas angolanas e empresas internacionais e o objectivo é conseguir obter o financiamento de 1 milhão de kwanzas.
Angop