A chuva de cerca de três horas, que caiu na manhã desta terça-feira, em Luanda, causou danos incalculáveis nos diferentes municípios da capital angolana.
A forte chuva encontrou uma cidade com toneladas de lixo por recolher e acabou por inundar as suas ruas e bairros com uma mistura putrefacta de lixo e água abundantes.
Pelo menos uma pessoa morreu, electrocutada, e dezenas de famílias ficaram desalojadas.
Durante uma visita de campo, realizada, por várias artérias da capital, a governadora Joana Lina disse que as administrações estão a proceder ao levantamento dos eventuais danos e em tempo oportuno será publicado o balanço.
Ainda assim, a governadora fez questão de reiterar o compromisso da sua equipa em trabalhar para a melhor imagem da cidade capital.
O Serviço de Protecção Civil e Bombeiros (SPCB) ainda não tinha feito, perto das 15:00, o balanço provisório da forte chuva que caiu sobre a capital e a governadora provincial de Luanda, Joana Lina, prometeu falar aos jornalistas sobre o assunto oportunamente.
O Novo Jornal certificou que, em Luanda, apenas o município da Quissama foi poupado a este cenário dramático onde o lixo foi acrescentado aos problemas que ocorrem sempre que chove abundantemente na capital.
Com uma duração de pouco mais de três horas, a chuva deixou várias vias secundárias e terciárias intransitáveis, o que dificultou e impediu, em grande medida, a normal circulação dos pedestres e viaturas, que viram nos amontoados de lixo dispersos pelas águas mais um problema.
Na Avenida Deolinda Rodrigues (estrada de Catete), o trânsito continuava, perto das 15:00, mais de quatro horas após o m da pluviosidade, intransitável, devido ao volume de água e lixo na via, como atestou o Novo Jornal no local.
As toneladas de lixo que se foram acumulando nas valas de drenagem ou cursos naturais de água que atravessam a cidade de Luanda acabaram por ser agora arrastadas para o mar, sendo de esperar que nas próximas semanas acabem por dar à costa no Mussulo ou a norte e sul de Luanda, dependendo das correntes.
No bairro do Palanca, a situação era, pela mesma hora, bastante complicada, a rua Zero, que liga a Avenida Deolinda Rodrigues e a Olímpio Macuare, também conhecida como estrada Nova, ficou bloqueada em função do transbordo da vala de drenagem, impedindo a circulação de pessoas e veículos.