Doze mil jovens serão formados nos domínios do empreendedorismo e gestão de negócios e 15 mil capacitados em cursos de curta duração, no âmbito do Plano de Acção para a Promoção da Empregabilidade (PAPE), durante os próximos três anos (2019/2021).

Os dados foram divulgados, nesta terça-feira em conferência de imprensa, pelo ministro da Administração Pública, Emprego e Segurança Social, Jesus Maiato, durante a qual fez saber que os beneficiários serão dotados de ferramentas essenciais para levar a cabo pequenos negócios capazes de gerar renda familiar.

O programa, cujo valor de execução está avaliado em 21 mil milhões de Kwanzas, foi aprovado recentemente pelo Presidente da República, João Lourenço, em decreto 113/19 de 16 deste mês, e inclui, ainda, 10 mil microcréditos e a distribuição de 42 mil kits profissionais.

Além dos beneficiários directos, pretende-se, com a distribuição dos kits profissionais, promover o associativismo e beneficiar indirectamente 250 mil cidadãos.

O ministro informou que jovens desempregados e os que procuram o primeiro emprego são o público-alvo do PAPE.

De acordo com Jesus Maiato, serão também apoiados os empreendedores já estabelecidos, bem como os emergentes, contribuindo-se assim para o processo de promoção da inclusão financeira, fiscal e social, além de fomentar o cooperativismo e o associativismo juvenil.  

Assegurou que os jovens, a serem formados nos diversos centros de formação existentes no país, deverão beneficiar de estágios em determinadas empresas, que poderão empregá-los mediante as necessidades.

Realçou que os estágios terão uma duração de três meses a um ano, devendo os empregadores beneficiar de incentivos fiscais.

O acompanhamento e avaliações das acções realizadas, e do impacto na comunidade será da responsabilidade do Instituto Nacional do Emprego e Formação Profissional (INEFOP), envolvendo outros sectores.  

A implementação do programa, segundo o governante, contará com a intervenção de diversos sectores ministeriais, como a agricultura, pescas, pecuária, construção civil, energia e águas, turismo e outros, propondo-se o ajustamento dos perfis profissionais dos cidadãos às reais necessidades do mercado de emprego e da economia nacional.

Para a concretização do plano, o Ministério da Administração Pública, Emprego e Segurança Social (MAPTSS) está a reabilitar e apetrechar os centros de formação técnico profissionais e de emprego do país.

O plano inclui, também, a construção de mais centros de formação, sendo que, numa primeira fase, será dada maior atenção às províncias onde se regista fraca presença de tais serviços, como a do Namibe e Zaire, para aumentar a oferta formativa.

Dados do INE, referentes a 2018, indicam que a taxa de desemprego em Angola situa-se entre 28,8% (cerca de três milhões de habitantes) e atinge maioritariamente jovens de ambos os sexos.

Angop