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Repatriamento de dinheiro roubado compromete sistema financeiro de países estrangeiros

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A Diretora do Serviço Nacional de Recuperação de Activos da PGR, Eduarda Rodrigues, revelou recentemente, em Luanda, que o processo de repatriamento do dinheiro desviado do país tende a mexer com os sistemas financeiros dos países em que estão bancarizados.

Estamos a falar de muito dinheiro, mais de mil milhões de dólares numa conta referente a um arguido.”

E segundo a responsável, “num banco comercial pode causar um rombo do próprio sistema financeiro daquele país e o próprio país teria reservas em relação a isso”.

Eduarda Rodrigues, durante o Café CIPRA

A Diretora do Serviço Nacional de Recuperação de Bens enfatizou ainda o facto de os países levantarem “sempre” o problema do branqueamento de capitais.

Eduarda Rodrigues defendeu o estabelecimento de acordos de partilha de bens com alguns países estratégicos para repatriar parte de dinheiro angolano desviado.

Eduarda Rodrigues, que falava na sétima edição do Café CIPRA sobre o “Combate à Corrupção e a Recuperação de Activos”, disse que esses acordos são necessários face à resistência que alguns países têm feito na devolução de bens e dinheiro.

Nessas situações, avançou Eduarda Rodrigues, o Estado angolano tem até agora adoptado a política de manter naqueles países o dinheiro por abrir contas em bancos locais e a partir daí movimentá-lo.

“Recuperámos” explica a responsável “no Reino Unido, mas vamos deixar lá o dinheiro.”

“O Estado angolano abre uma conta bancária no Reino Unido, o dinheiro é transferido para essa conta do Estado no país em referência e de lá o Estado, via internet ‘banking’ e/ou outras vias, pode movimentar muito bem o dinheiro.”

“Ou seja, é assim que nós vamos tentando fazer para granjear também o apoio desses países no âmbito desse processo, que é extremamente difícil e complexo.”

Nesse sentido, Eduarda Rodrigues defende que “uma negociação” com alguns países, para o estabelecimento de “acordos de partilha de bens” poderia ser uma das soluções.

“Temos mesmo que partilhar os bens, porque poderemos não conseguir trazer esses valores para Angola sublinhando que os países “ficam mais motivados a trabalhar” com Angola quando ouvem que o país “vai pensar numa partilha de bens”.

Por sua vez, o ministro da Justiça e dos Direitos Humanos de Angola, Francisco Queiroz, que participou também do encontro, disse que há uma resistência no estrangeiro, realçando que a dificuldade para repatriamento de capitais é grande.

Francisco Queiroz sublinhou que as Nações Unidas numa conferência em que Angola participou na África do Sul prometeram ajuda a Angola para vencer esse tipo de resistência.

O ministro referiu que existem ainda casos de resistência, em que os visados declaram ter “esta qualidade ou aquela”, o que descreveu como outra “forma de se resistir”.

TPA/CD

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