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Empresas – falta de confiança dos trabalhadores ameaça crescimento

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Cada vez mais, as pessoas querem ser felizes e não estão mais dispostas a se contentarem com a promessa de felicidade e isso vale tanto para a vida pessoal quanto para a profissional.

Na pesquisa Carreira dos Sonhos, deste ano, conduzida pelo Grupo Cia de Talentos, foi possível levantar dados que demonstram que a busca, hoje, é por relações profissionais marcadas pela confiança, ou seja, os profissionais buscam líderes e empresas que tenham coerência entre fala e prática: falar o que se faz e fazer o que se fala.

Outro estudo também aponta para o mesmo horizonte: na sua pesquisa global de CEOs, de 2016, a PwC informou que 55% dos CEO acha que a a falta de confiança é uma ameaça ao crescimento das organizações.

Mas, afinal, como aumentar o nível de confiança dos profissionais? O neuro-cientista Paul J. Zak, director e fundador do Center for Neuroeconomics Studies e professor de economia, psicologia e gestão da Claremont Graduate University, aponta um caminho para essa resposta.

Segundo o neuro-cientista, somos naturalmente inclinados a confiar nos outros, porém, nem sempre. A oxitocina, hormona produzida no cérebro, é a responsável por reduzir o nosso medo em confiar. No entanto, essa hormona pode aumentar ou diminuir no nosso organismo de acordo com inúmeras variáveis, como o stress que é responsável por sua redução.

Práticas de gestão que promovem a confiança

Por meio de suas pesquisas, Paul Zak identificou oito práticas de gestão que promovem a confiança. Essas práticas são mensuráveis e podem ser geridas para melhorar o desempenho das equipes. Para fazer essa mensuração é possível utilizar um assessment como o NeuroView, que mede o nível de confiança que a equipa tem num determinado líder.

o NeuroView funciona da seguinte forma: o líder responde a uma auto-avaliação com 16 perguntas que descrevem um comportamento. Da mesma forma, a equipe também avalia o líder. O resultado é dado por meio de um relatório que dirá como o líder é visto em relação aqueles aspectos, além disso, o documento também traz uma reflexão de como o líder pode desenvolver cada um dos comportamentos avaliados.

Os oito aspectos que os líderes precisam exercer são comportamentos que aumentam o nível de oxitocina nas pessoas. E quanto maior o nível de oxitocina mais confiança existirá, pois é essa hormona a responsável por nos conectar às pessoas. A oxitocina nos faz sentir o que o outro sente. E essa hormona vai além: aqueles que liberam mais oxitocina são mais felizes.

Portanto, para as empresas que querem promover maior confiança entre seus colaboradores e um ambiente que proporcione maior felicidade a dica é óbvia, porém, eficaz: busquem a manutenção dos comportamentos, como reconhecimento, pressão em níveis saudáveis, ambiente de colaboração e que estimule a criatividade, porque tudo isso aumentará o nível de oxitocina produzida diariamente.É incrível como o avanço da neuro-ciência pode nos ajudar a entender as mudanças que estão a ocorrer nas relações humanas.

EXAME BRASIL

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