O gestor do Jardim do Éden, José Ferreira Ramos, foi detido terça-feira, depois de ter sido interrogado por técnicos da Direcção Nacional de Investigação e Acção Penal (DNIAP). A DNIAP decidiu pela prisão preventiva do empresário.
Sobre o gestor do Jardim do Éden, pesam as acusações de crimes de burla por defraudação e abuso de confiança. Estes crimes têm sido investigados nos últimos meses pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC) segundo a Rádio Nacional de Angola citada pela Angop.
Ferreira Ramos está ligado ao projecto habitacional Jardim do Éden que deixou várias famílias angolanas sem lar. O projecto não cumpriu com o contrato estabelecido entre as partes.
O condomínio que nasceu com força e perdeu “pujança” a partir de 2010. 169 clientes viram o sonho da casa própria “suspenso no papel” e estão envolvidos numa quase interminável batalha judicial.
A luta na justiça já leva nove anos, marcados por impaciência e revolta de quem investiu as poupanças de uma vida para conhecer o conforto, mas viu o “azar” bater-lhe à porta.
Numa entrevista à Angop em Abril do ano em curso, Ferreira Ramos disse que a não conclusão do projecto deve-se à venda de parcelas de terreno, numa operação a mando da Administração de Kilamba Kiaxi.
O empresário detalha ter pago pelo espaço o equivalente a USD três milhões. Diz que em 2005 assinou um protocolo com o Governo Provincial de Luanda (GPL) para a concessão do direito de superfície da área e a aprovação do seu plano de urbanização. De acordo com José Ramos, isso aconteceu sem emendas.
Ferreira Ramos afirma estar disposto a discutir o caso em tribunal e sublinha reunir documentos que atestam a titularidade da sua empresa sobre o terreno.
O empresário deu a conhecer que em 2006 oficializou uma queixa à extinta Direcção Nacional de Investigação Criminal (DINIC), actualmente Serviço de Investigação Criminal (SIC) e ao Departamento de Instrução e Acção Penal (DIAP).
Angop