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ACREP compra participação no Cabinda Sul e torna-se na terceira operadora angolana

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A compra da participação aos argentinos da Pluspetrol vai permitir à ACREP tornar-se na terceira empresa angolana a operar blocos petrolíferos no País e confirma também Oferta Pública de Venda até Outubro.

A Petrolífera Angolana ACRE S.A. está a adquirir 55% do interesse participativo e dos direitos de operação no bloco Cabinda Sul onshore aos argentinos da Pluspetrol e já adiantou 825 mil USD em fevereiro de 2022, estando neste momento a aguardar pela publicação do decreto que formaliza a compra para concluir o negócio, avança o auditor do relatório e contas da petrolífera de 2022.

Ainda de acordo com a UHY Paredes e Associados, auditor das contas do exercício de 2022 da petrolífera angolana, o acordo de compra e venda foi assinado a 22 de Fevereiro de 2022. O processo já foi aprovado pelas autoridades angolanas (ANPG, Sonangol e Alta Autoridade para a Concorrência.

Uma vez concluído o negócio que começou há dois anos, a ACREP será a terceira empresa angolana a operar blocos petrolíferos juntando-se à estatal Sonangol Pesquisa e Produção (P&P) e a maior petrolífera privada Angolana Etu Energias (ex-Somoil).

A ACREP lançou na ultima sexta-feira (22 de abril) o seu site e disponibilizou os relatórios e contas dos últimos 5 anos de actividade, numa demonstração de transparência e de que já está pronta para o processo de divulgação de relatórios e contas anuais e semestrais bem como os balancetes trimestrais, tal como exige a legislação as empresas que vão para Bolsa. 

Fundada em 2003 (há 20 anos) a ACREP S.A. teve um resultado líquido positivo de 13,8 milhões USD o ano passado, representando um crescimento de 242% em relação a 2021, em que registou um lucro de apenas 4 milhões USD.

A ACREP realizou nesta quarta-feira uma assembleia geral extraordinária, onde entre outros assuntos os accionistas deliberaram sobre a divisão de acções (stock split) e consequente renominalização das mesmas. Deliberaram sobre os estatutos da sociedade e sobre o lançamento do processo de oferta pública inicial de acções (initial public Ofering) das acções da ACREP que ficou marcado até Outubro de 2023.

Recorde-se que a ACREP começou o processo de preparação para a Bolsa de dívida e valores de Angola (BODIVA) há dois anos e está praticamente pronta para iniciar o processo. Na IPO serão vendidos 30% do capital da ACREP, onde se incluem os 10% que o BPC tem na empresa. Em termos práticos são dois blocos, um de 20% de acções próprias da empresa e outro de 10% da participação do banco público.

O processo de venda das acções do BPC na ACREP de acordo com o PROPRIV está previsto para arrancar ainda este ano, esperando por decreto presidencial para definir a data exacta desta operação. Ainda não está definido se os dois blocos irão simultâneamente à Bolsa, embora esse seja o caminho mais lógico.

De acordo com o relatório e contas da ACREP de 2022 eram accionistas da petrolífera angolana a Mon Laramas Services S.A. (30%), Carlos Amaral com 10%, o BPC com 10% a Fénix Fundo de Pensões 5%, e os restantes 45% das acções pertencem à própria ACREP o que se designa por acções próprias. Estes 45% foram agora divididos pelos restantes sócios de forma proporcional, sendo que o BPC manteve os mesmo 10% e os restantes aumentaram a sua participação.

Sobre o interesse participativo no Bloco 1/14, operado pela ENI está previsto que o primeiro poço entre em exploração em finais deste ano. Os custos directos de pesquisa durante o ano estão estimados em mais de dois milhões de USD, incluindo os encargos da ACREP.

Venda de participações

A petrolífera angolana quer vender parte da participação nos bloco 2/05, operado pela Etu Energias e onde a produção média atingiu os 20 mil barris de petróleo por dia. A ACREP já assinou o acordo de compra e venda para parte da referida participação a 12 dezembro do ano passado. Entretanto porque o negócio está ainda na fase inicial não divulgou o nome do comprador já que à luz do acordo de partilha de produção, os parceiros têm ainda que abdicar do direito de exercer o direito de preferência num prazo que está quase a esgotar-se.

De acordo com o CEO da ACREP, Carlos Amaral a empresa está igualmente a monetizar os interesses no Bloco 4/05 operado pela Sonangol. No ultimo exercício (2022) a quota parte dos barris a que tem direito (equity oil) nos activos em produção ascendeu a 463.364 mil barris de petróleo, sendo que 60,9% dos barris vendidos provenientes do bloco 2/05 e 39,1% do Bloco 4/05. Em 2022 foram feitas 5 exportações de barris de petróleo totalizando 431.500 barris de petróleo.

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