Os cincos indivíduos detidos na semana passada, próximo da residência do vice Presidente da República, Bornito de Sousa, no condomínio Jardim de Rosas, em Luanda, estariam a orquestrar um assalto e não a preparar o assassinato do número dois do Estado Angolano, indica fonte oficial da investigação.
Segundo a fonte, citada pela Angop, está “categoricamente descartada” a tese de “tentativa de assassinato do vice Presidente da República”.
Embora ainda não exista uma acusação formal, as diligências já efectuadas indicam que os cinco detidos estariam prestes a realizar um assalto.
“Parece ter sido apenas uma coincidência” terem estacionado perto da residência de Bornito de Sousa, disse a fonte da Angop, sublinhando que essa proximidade tornou “imperioso apurar completamente o acontecido”, e investigar os factos “com especial rigor”.
A mesma fonte adianta que os detidos foram apanhados numa carrinha na posse uma metralhadora automática AK, uma catana, luvas, gorros e fita adesiva, e sem qualquer material de construção, o que contraria a informação de que estariam no local para realizar obras de reabilitação.
Esta é a tese apresentada pelo advogado dos suspeitos, Sebastião Assurreira, que, em declarações à agência Lusa, sugeriu que as armas terão sido “plantadas”.
“Eles ficaram espantados e responderam que havia apenas no carro material de construção, porque foram contratados para fazer obras naquele local”, contou o jurista.
“Chegaram e estacionaram a viatura próximo a residência do vice-presidente da República, os guardas que lá se encontravam foram ter com eles e na sequência foram detidos, conduzidos a uma esquadra móvel para serem interrogados, porque haviam estacionado a viatura naquele espaço”, relatou o advogado.
Sebastião Assurreira disse ainda que os seus constituintes sofreram “agressões e coacções físicas por parte dos efectivos da Unidade da Guarda Presidencial (UGP) e da Polícia Nacional”, e apenas foram ouvidos dias após a detenção.