A 65.ª edição da São Silvestre (2021), maior prova de atletismo angolano, não irá contar com a habitual presença dos fundistas etíopes e quenianos, segundo fez saber o presidente da Federação Angolana de Atletismo, Bernardo João.
Contrariamente às edições anteriores, este ano, o órgão federativo formulou o convite aos atletas dos dois países africanos, mas estes declinaram devido ao prémio de 3500 dólares norte-americano destinado ao vencedor da corrida, valor que alegam ser bastante insuficiente para o nível da prova.
Em edições anteriores, que contaram com a participação dos atletas dos dois países africanos por sinal, os que mais se destacam nesta modalidade em África, o prémio rondava os dez e 15 mil dólares norte-americanos.
Apesar da ausência dos atletas etíopes e quenianos, a prova vai manter-se internacional, cotando com a participação de corredores de Portugal, República Democrática do Congo (RDC), Namíbia, África do Sul e os nacionais.
Para a prova que sai à rua a 31 de Dezembro, Bernardo João avançou que já estão inscritos mais de 1700 atletas, desde profissionais e amadores.
A São Silvestre deste ano tem como patrocinador oficial a Alimo, do Grupo Mafricom, com um orçamento de 81 milhões de kwanzas.
“Os preparativos estão a bom caminho. As pessoas continuam a inscrever dia após dia. Esperemos que, até ao dia do fecho das inscrições, tenhamos pelo menos 3000 participantes”, augurou Bernardo João.
A organização da prova manteve os dez quilómetros, assim como o percurso da edição anterior, realizada em 2019; com partida no Largo da Mutamba, passagem por várias avenidas, com realce para Amílcar Cabral, Revolução de Outubro, Ho-Chi Min, Alameda Manuel Van-Dúnem, Rua da Missão e término no estádio dos Coqueiros.
Devido à pandemia da COVID-19, a Federação de Atletismo não realizou a São Silvestre em 2020. Recorde-se que, para este ano, as inscrições têm um custo de 600 kwanzas, pelo que os interessados devem fazer-se acompanhar do Bilhete de Identidade.
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