O secretário de Estado para o Petróleo e Gás disse que as exportações de petróleo alcançaram receitas de mais de 39 mil milhões de dólares em 2022, registando um aumento de 43.77% em relação a 2021.
Durante a nota introdutória que antecedeu a apresentação das exportações de petróleo bruto e gás do 4º trimestre do ano passado, José Barrosos destacou esta terça-feira, 24, no Auditório Albina Assis, Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás (Mirempet), que o país arrecadou mais de 7 mil milhões, 794 milhões e 585 mil dólares no período em referência.
Os dados apresentados posteriormente pelo Gabinete de Estudos, Planeamento e Estatistica (GEPE) do Mirempet, dão conta que a China com 53,64%, a Índia (9,54%) e a França (5,71%), são os principais destinos da exportação do petróleo angolano, seguido da Holanda, com 5,16% e a Espanha 4,47%.
Segundo o director do GEPE, Alexandre Garrett, o volume das exportações por ramas angolanas apontam a Mostarda com 12,64%, a Dália com 10,38%, a Clov com 9,04% e a Pazflor com 8,51%.
Segundo o Mirempet, a diminuição das margens de refinação devido ao estreitamento do “spread” (velocidade) entre o preço do barril do petróleo e os preços do barril de produtos, resultou na redução das taxas de processamento, afectando a procura por petróleo bruto a nível global.
Entre outros factores que influenciaram o mercado das ramas angolanas no estrangeiro constam ainda o impacto da diminuição da procura chinesa devido a manutenção da sua política Covid-zero, bem como a falta de uma evidente recuperação da referida procura, pressionaram negativamente os diferenciais das ramas angolanas.
Também, lê-se na apresentação do Mirempet, o aumento de compras de carregamentos da Rússia e da América Latina com grandes descontos por parte da Índia e da China antes da implementação do embargo e do teto máximo de preços às ramas russas, reduziu a disponibilidade de navios no mercado e aumentou as taxas de frete do trajecto da África Ocidental para os Estados Unidos de América (EUA) e para o Extremo Oriente, influenciando negativamente os diferenciais das ramas angolanas.
O Mirempet informa também que as o mercado das ramas angolanas foram negativamente influenciadas pela fraca procura do Ocidente devido ao período de manutenção das refinarias resultou na deterioração das margens de refinação na referida geografia.
O aumento exponencial das taxas de frete a partir da África Ocidental para o Extremo Oriente para os navios VLCC, realça, agravou a limitação da arbitragem de cargas para o mercado asiático, bem como afectou negativamente a procura das refinarias por petróleo bruto angolano.
O Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás (MIREMPET) é responsável pela formulação, condução, execução, controlo e acompanhamento da política relativa às actividades geológicas e minerais, de petróleo, gás e biocombustíveis como a prospecção, exploração, desenvolvimento e produção de minerais, petróleo bruto e gás, refinação, entre outras.
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