A empresa angolana Sonangol reduziu o combustível a São Tomé e Príncipe devido à dívida acumulada de quse de 2000 milhões de dólares.
Por este facto, o arquipélago enfrenta uma crise no fornecimento de eletricidade e paralisação de serviços públicos há duas semanas.
Segundo o ministro da Presidência do Conselho de Ministros, Wuando Castro, a dívida do Estado são-tomense para com a Sonangol estima-se em 32 milhões de dólares, que somam a mais 158 milhões de dólares que a Empresa de Água e Eletricidade (Emae) deve à Empresa Nacional de Combustível e Óleo (Enco), da qual a Sonangol é a maior acionista.
“A Enco encontra-se hoje numa situação complicada porque a Sonangol desde 2019/2020, reduziu substancialmente o fornecimento que fazia à Enco a crédito e algumas vezes por ano. A Enco tem que comprar combustível a algum fornecedor privado e pagar a pronto pagamento”, disse Wuando Castro, em declarações à televisão são-tomense.
Por esta razão, o Governo são-tomense reuniu-se nesta terça-feira com o conselho de administração da Enco e a direção da Emae para analisar a situação, face aos cortes constantes de eletricidade que se têm registado no país.
“Estamos aqui num ciclo vicioso muito complicado, em que a Enco não consegue liquidez porque a Emae o Estado devem à Enco, a Emae também não consegue pagar a sua dívida à Enco porque não fatura aquilo que devia em termos de atualização de preços e também porque algumas instituições do Estado não têm capacidade para pagar as dívidas à Emae”, explicou o ministro.
LAC/CD