O presidente da Associação dos Industriais de Panificação e Pastelaria de Angola, Gilberto Simões, disse que o país gasta mais de 300 milhões de dólares para a importação de trigo.
Gilberto Simões defende a construção de moageiras nas províncias da Huila e Cuanza Sul, bem como, nos portos de Luanda e do Lobito, para fomentar a produção interna de trigo em grande escala.
O presidente da AIPPA vai mais longe e diz tratar-se mesmo de falta de vontade política do governo angolano para apoiar o sector.
Já os operadores económicos pedem políticas voltadas para o fomento da produção nacional, no sentido de se pôr fim a importação dos produtos que compõem a cesta básica.
Os operadores responsáveis pela estabilização da política de preços no país, também defendem o fim do monopólio na produção da farinha de trigo.
Segundo o chefe do departamento de tarifas e comércio da direcção de serviços aduaneiros da AGT, Ângelo Silva, os operadores económicos que exportam produtos da cesta básica e medicamentos são obrigados a pagar uma taxa de 70 por cento para inibir a saída destes produtos do país.
“Até 2019 tínhamos uma barreira tarifária em que os produtos exportados ligados a cesta básica, tinham uma taxa na exportação de apenas 20 porcentos.”
RNA/CD