Maior mercado fronteiriço de Angola, a 60 quilómetros da sede municipal de Mbanza Kongo, capital da província do Zaire, continua com trocas comerciais encerradas por parte de Angola.
O mercado movimentava milhares de pessoas aos sábados, de forma intercalada. Era um sábado para o lado angolano, e outro para o vizinho congolês.
Em 2019, devido à pandemia da Covid-19, as trocas comerciais foram interrompidas. A actividade no mercado do Luvu foi reaberta oficialmente em julho do ano passado, mas continua encerrada por parte de Angola – algo que muitos munícipes lamentam.
“Quando as pessoas viram que o mercado foi fechado, inclinaram-se a outros negócios, como a venda do combustível de forma desordenada e não autorizada. É crime, mas foi a única maneira que encontraram para sobreviver”, explicou um residente do local.
As trocas comercias entre Angola e a RDC através do posto fronteiriço do Luvu começaram na década de 1980. Manzambi Issac vendia no mercado do Luvu desde 2017 e diz que “antes da pandemia, vendia muito bem”, mas, agora, já não consegue sustentar a sua família. “Se o governo não fizer nada, não estamos a ver à quem recorrer […]. A pergunta vai as autoridades desse país”, questiona.
Além do comércio, o mercado do Luvu é também um local de encontro de culturas e de artes.
DW