O ministro da Economia e Planeamento informou que o país precisa mobilizar perto de 1 bilião de dólares para a implementação da Estratégia de Longo Prazo (ELP – Angola 2050).
“Este é o valor monetário que a economia vai precisar para dar o salto pretendido até 2050, devendo ser mobilizados via investimento directo estrangeiro, recursos dos cidadãos e banca comercial”, avançou, Mário Caetano João, em declarações à imprensa, à margem da auscultação das Organizações Internacionais, Agências de Desenvolvimento e Missões Diplomáticas, sobre ELP – Angola 2050, esta segunda-feira, 22.
Dentro desta proposta, o capital humano (educação, saúde e outros), infra-estruturas (produção, transporte e distribuição de energia eléctrica) e diversificação são questões prioritárias para a nova dimensão de crescimento económico do país, ressaltou.
Angola 2050
A Estratégia de Longo Prazo foi apresentada pelo Governo como a ferramenta base para a elaboração do Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN), que apresenta as opções estratégicas de desenvolvimento a longo prazo do país, sendo elaborada com base em análise de cenários, para os níveis nacional, sectorial e territorial.
A previsão é que o Produto Interno Bruto Não-Petrolífero (PIB-NP) crescerá 3,3 vezes, passando dos 84 para 275 mil milhões de dólares, até 2050, com uma população do país estimada em 70 milhões de habitantes.
A ELP – Angola 2050 prevê, igualmente, que o PIB Per Capita Não-Petrolífero aumente em torno de 1,2 vezes, saindo dos actuais 3.67 mil para 4.215 mil dólares, contando com o suporte das exportações não-petrolíferas que deverão crescer 13 vezes mais, passando de cinco mil para USD 64 mil milhões.
O PIB, actualmente cifrado em USD 122 mil milhões, deverá atingir 286 mil milhões de dólares, o que representará um crescimento de 2,4 vezes mais e a Dívida Pública conhecerá uma redução de 6%, saindo dos 66 para 60 por cento sobre o PIB.
Também espera-se melhorias para os próximos 27 anos, na esperança de vida dos angolanos, que deverá aumentar seis anos, saindo de 62 para 68 anos de idade, sendo que a taxa de mortalidade, entre os cinco anos, baixará de 56% de 71 para 19%.
Em relação ao desemprego, a proposta prevê que cairá 10% de 30 para 20%.
ANGOP