O país pretende baixar para 20% a contribuição do sector petrolífero no Produto Interno Bruto (PIB) até 2027, segundo o ministro da Economia e Planeamento.
Mário Caetano João que falava ontem em Luanda, na abertura da primeira edição do fórum ” Global Business Angola” (GBA), informou que a contribuição do sector Petrolífero no PIB saiu de 42 por cento, em 2011, para 28 por cento em 2022.
Para o governante, o sucesso do programa de estabilização macroeconómica em curso desde 2018, permitiu Angola sair do longo período de recessão económica em 2021, com o crescimento do sector não petrolífero a atingir 6,4 por cento.
Oportunidades
De acordo com o ministro da Economia e Planeamento, o Executivo angolano considera o agronegócio um segmento determinante para o crescimento económico, para a transformação de Angola num dos principais produtores de alimentos em África, à luz do Plano de Desenvolvimento Nacional (PND) 2023-2027.
Neste fórum, Angola apresenta aos investidores dos EAU as oportunidades para investir neste sector agrícola, quando para esse quinquénio o Estado pretende desembolsar cerca de três mil milhões de dólares, no sector agrícola, com o programa PLANAGRÃO.
Para tal, segundo o ministro, o Governo pretende contar com os sectores Fiscal, Monetário e Externo no continuo equilíbrio das contas, bem como o potencial do capital humano, além do sector privado, para alcançar os objectivos pretendidos.
Organizado pela Câmara de Comércio do Dubai em parceria com o Ministério da Economia e Planeamento, o fórum de três dias comporta intensos debates distribuídos por vários painéis, mesas redondas e encontros entre investidores.
A iniciativa visa fomentar as sinergias entre os EAU e Angola na captação de investimento privado para o desenvolvimento das competências técnicas e de gestão do país.
O volume de negócios entre os dois países é de aproximadamente dois mil milhões de dólares, dos quais 1,6 mil mi-lhões, correspondem a exportação de bens para o Dubai, sendo que os EAU importa de Angola, bens no valor de 400 milhões de dólares.
A área que mais atrai investidores dos Emirados é o mineiro, com realce para as pedras preciosas, como o diamante. Existem já alguns negócios de produção de fertilizantes.
LUSA