Os dividendos dos investimentos angolanos no estrangeiro tardam a chegar ao país, com os fluxos financeiros a apontarem apenas para a saída de dinheiros do país, como voltou a acontecer no primeiro semestre do ano em curso.
Os investimentos directo angolano no estrangeiro mostram que, neste particular, que o Governo não conseguiu corrigir o que estava mal, visto que, tal como na governação anterior, não se registou importação financeira resultante dos investimentos entre os anos de 2018 e 2022.
Registou-se apenas duas entradas nos últimos oito anos, isto é desde 2016, no âmbito do investimento angolano no estrangeiro, mas não como resultado de dividendos dos investimentos, mas sim como desinvestimentos.
De recordar que em 2017 o investimento directo de Angola (IDA) no estrangeiro ascendia a 1.352 milhões USD, ao passo que o investimento directo estrangeiro (IDE) no País, fora o sector petrolífero e dos diamantes, não ultrapassou os 27,2 milhões.
O investimento directo de angolanos lá fora, está concentrado em uma dúzia de operadores. “Esta não tem sido uma atitude que dependa de uma política dos empresários no geral mas, sim, de um pequeno grupo de operadores”.
Nos primeiros seis meses deste ano, o investimento angolano no estrangeiro exigiu o envio para o exterior de 23,2 milhões de dólares, mas, tal como no semestre homólogo, os investidores não enviaram qualquer tostão ao país, resultante dos investimentos.
O que indicam, que os investimentos angolanos no estrangeiro ainda não estão trazendo os retornos esperados para o país.
LUSA