As remessas dos portugueses a trabalhar em Angola subiram 52,9 %, registando-se um envio de 125,1 milhões de euros, durante o primeiro semestre de 2022.
Consta que, só em Junho de 2022, os portugueses enviaram mais de 32 milhões de euros de Angola para Portugal, valores que subiram em relação a Junho do ano passado, que se registou um envio de 21,1 milhões de euros.
Essas cifras fazem de Angola a maior fonte de remessas de todos os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) para Portugal. Ao todo, os portugueses residentes nos PALOP enviaram cerca de 129 milhões de euros, no primeiro semestre do ano, o que representa um aumento de 25,1% face ao período homólogo.
Dados do Serviço de Estrangeiros e Fronteira de Portugal, citados recentemente pelo Novo Jornal, apontam para aumento de angolanos que deixaram o país para Portugal, nos últimos cinco anos.
Dados oficiais indicam que, em Agosto do ano passado, as remessas de angolanos no estrangeiro caíram 17,5%, ao passo que as enviadas cresceram 8%.
Portugal permanece na liderança da lista dos fluxos recebidos pelos residentes, com um peso de 17,4%, seguido dos Estados Unidos da América e de França, com 15,9 e 11,35%, respectivamente.
Os rendimentos de angolanos no exterior, enviados para o país para as respectivas famílias, cifraram-se em 3,04 milhões USD no primeiro trimestre do ano passado, representando um decréscimo de 17,5% em relação ao trimestre anterior, quando foram recebidos 3,68 milhões USD.
O valor do último trimestre de 2021, citado pelo jornal Valor, representou um acréscimo de 31,5% em relação a 2,31 milhões USD do período homólogo, avançou o Jornal de Angola.
Portugal permanece na liderança da lista dos fluxos recebidos pelos residentes, com um peso de 17,4%, seguido dos Estados Unidos da América e de França, com 15,9 e 11,35%, respectivamente
Segundo o relatório do Banco Nacional de Angola (BNA), o saldo líquido das remessas e outras transferências pessoais no primeiro trimestre foi negativo para o país, uma vez que se continua a enviar para o exterior divisas em montantes expressivos, contra os valores residuais recebidos. No período em análise, as remessas recebidas registaram um decréscimo de 17,5%, ao contrário das enviadas, que registaram um aumento de 8,5%.
Quanto às remessas enviadas para o resto do mundo, cifraram-se em 216,2 milhões USD, representando um aumento de 8,5% relativamente ao trimestre anterior, e de 55,7% em relação ao período homólogo, em que as mesmas se situaram em 199,3 milhões USD e 138,9 milhões, respectivamente.
Destas transferências, fazem parte as remessas de trabalhadores que são entendidas como os rendimentos que os migrantes enviam de um país diferente para um parente ou amigo no seu país de origem, com o objectivo de cumprir certas obrigações económicas e financeiras.
As remessas dos migrantes não constituem apenas a principal fonte de renda das famílias, como também representam uma parcela considerável do Produto Interno Bruto em muitos países de baixa e média rendas.
Principais produtos importados
Entre os principais bens provenientes de Angola em 2021, destaque para os combustíveis minerais (67,4% do total), os produtos agrícolas (15,3% do total), os produtos alimentares (8,0% do total), a madeira e a cortiça (2,6% do total) e os minerais e minérios (2,0% do total).
O maior crescimento registado entre 2020 e 2021 foram os produtos alimentares, com um avanço de 723,5%.
Balança comercial de bens
O saldo da balança comercial de bens tem sido positivo para Portugal, tendo atingido os 871 milhões de euros, quando, em 2020, registou 480,9 milhões de euros e em 2017 ascendeu a 1.507 milhões.
E & M