O Executivo angolano está disponível em garantir a evacuação de cidadãos angolanos que se encontram em território sudanês, tendo em conta o recrudescimento do conflito armado naquele país africano, refere uma nota do Ministério das Relações Exteriores.
Os confrontos entre o exército sudanês e os paramilitares já causaram pelo menos 330 mortos e 3.200 feridos. Faltam alimentos e água corrente. Líder do exército diz que militares estão empenhados em transição civil.
De acordo com o documento, cinco cidadãos nacionais que se encontravam a estudar na capital sudanesa, Cartum, estão em direcção à fronteira terrestre entre o Sudão e a Etiópia, concretamente na localidade de Gallabat/Metema, no Estado Regional de Amhara.
Outros cinco estão a caminho do Egipto, num processo de evacuação coordenado com o Departamento de Relações Internacionais e Cooperação (DIRCO) da África do Sul. Deste modo, o Ministério das Relações Exteriores (MIREX) informa que estão em curso as diligências necessárias para que as missões diplomáticas de Angola no Cairo e em Addis-Abeba procedam a evacuação voluntária a Luanda dos referidos cidadãos.
O Mirex anuncia que coloca à disposição dos demais cidadãos nacionais em território sudanês os terminais telefónicos (+251) 978-84-38-35 e (+251) 965-59-70-71 da Embaixada de Angola na Etiópia. Na nota, o Mirex manifesta a preocupação do Governo angolano face à degradação da situação política e de segurança no Sudão, reiniciada no dia 15 deste mês.
O conflito que opõe as Forças Armadas do Sudão (SAF) e o Grupo Paramilitar das Forças de Intervenção Rápida (RSF) provocou o refluxo de refugiados, agravando a situação humanitária na região.
JA