O Presidente da República, João Lourenço, anunciou segunda-feira, em Luanda, a pretensão de instalação no país de uma academia de cibersegurança.
Discursando na abertura da 3ª edição do ANGOTIC 2023, adiantou que a academia visa um serviço de telecomunicações e tecnologias de informação seguro e robusto em defesa dos utilizadores, ao mesmo tempo que se criam as condições regulamentares no uso das redes de telecomunicações.
João Lourenço referiu que, em parceria com as demais partes interessadas, foram redobrados esforços para a garantia da confiança e segurança no uso das redes de serviços com foco na protecção e defesa das infra-estruturas críticas e dos serviços vitais de informação. Adiantou ainda que foram tomadas medidas para potenciar uma utilização livre, segura e eficiente do ciberespaço por parte das entidades públicas e privadas.
No domínio da inovação, destacou o surgimento de start-ups digitais bastante dinâmicas e de sucesso, que, no seu entender, vem provar a pujança do ecossistema de empreendedorismo jovem angolano, o qual já mereceu diversas premiações internacionais pelo grau de inovação e impacto alcançados na economia.
O Presidente da República reportou que no período de 2021 ao I trimestre do corrente ano houve um crescimento de 55% do serviço de telefonia móvel e aumento da taxa de acesso à internet de 20%. Referiu que o sector tem garantido o recurso a imagens de satélite para apoio à agricultura, à produção petrolífera, ao ordenamento do território, ao sector mineiro, ao ambiente, ao controlo migratório e de soluções para mitigar a problemática da seca que assola ciclicamente o sul do país.
Fez também alusão, entre os restantes pilares do Livro Branco, a modernização tecnológica da administração pública e a regulação e a inovação. Destacou que a “forte parceria” com o sector privado, permitiu atingir uma evolução significativa no uso de serviços digitais, desde a indústria ao comércio, à banca, aos seguros, à energia, à saúde e por empresas com um forte pendor na economia digital
JA