A taxa de desemprego em Angola ronda os 30,2%, representando uma quebra de 1,4 pontos percentuais face ao II trimestre de 2021, quando o indicador se fixou nos 31,6%.
O fenómeno do desemprego agrava-se nos jovens entre os 15-24 anos. Em Angola, oito em cada dez trabalhadores vivem de biscates.
No final de Junho, apenas quase 2,4 milhões de angolanos tinham emprego formal, um número que contrasta com os mais de 9,0 milhões que sobrevivem na informalidade, ou os 4,9 milhões de desempregados, de acordo com dados do Instituto Nacional de Estatísticas (INE).
No inquérito referente ao II trimestre de 2022 Os 2 358 728 de angolanos com emprego formal valem apenas 14% do total da população economicamente activa.
Segundo o inquérito do INE a população empregada cresceu 6,1%, já que 11 370 798 de pessoas (+655 565) declararam que trabalharam, entre Abril e Junho, num emprego por conta de outrem, conta própria ou trabalham num negócio familiar, durante pelo menos uma hora. A maioria (468 450 pessoas), foram obrigadas a recorrer ao mercado informal de trabalho para poder sobreviver.
Ao todo, o INE indica que a informalidade ronda os 79,3% do total da população empregada. Mas nem tudo são más noticias para o País, já que no espaço de um ano há mais 187 113 empregos formais.
Quanto aos desempregados o número diminuiu entre o II trimestre de 2021 e o mesmo período de 2022, passando de 4 960 162 para 4 913 481, ou seja, menos 46 682 pessoas responderam que não tinham trabalho remunerado nem qualquer outro.
A taxa de desemprego fixou-se nos 30,2%, uma queda de 1,4 pontos percentuais face ao verificado no II trimestre de 2021. Nas cidades o desemprego é maior, tendo passado dos 42,6% no II trimestre de 2021 para 40,0% entre Abril e Junho de 2022, contrastando com a taxa das zonas rurais que baixou dos 16,2% para os 14,3% no mesmo período.
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