Segundo Totas Garrido, que falava à Imprensa, à margem da VI Assembleia Geral Extraordinária da APROSAL, que visa balancear as actividades realizadas entre 2019/2023, 80 por cento desse sal é produzido em Benguela.

Deu a conhecer que a par de Benguela, toneladas de sal que chega à mesa dos angolanos é proveniente também das províncias do Namibe, Cuanza Sul e Bengo. No ano 2022, Angola produziu duzentas mil toneladas de sal, sendo já autossuficiente em termos deste produto para o consumo humano.

Considerou ser um número elevado, tendo em conta a realidade do país, que há seis anos produzia menos de 50 mil toneladas, daí ter sublinhado que a produção nacional de sal quadruplicou.

“O nosso grande desafio, num futuro breve, é chegar às 500 mil toneladas/ano”, disse.

No entanto, considera ainda haver outros dois grandes desafios para os produtores de sal, nomeadamente o sector petrolífero e o da refinação e embalamento, que carecem de melhorias em termos de oferta.

Sobre as dificuldades, apontou a necessidade de se estender as linhas de energia da rede pública às zonas produtoras da Baía Farta (Benguela) e do Tômbwa (Namibe), melhoria nas vias de acesso às salinas, porque os custos de produção e de transporte ainda são altos.

“Produzir sal à base de geradores, para além de encarecer a produção, o que se reflecte no custo final do produto, também em nada abona ao ambiente”, enfatizou.

Sobre as famílias do Lobito que produzem sal em péssimas condições, referiu que é um caso das autoridades administrativas e de polícia.

“As cidades não podem crescer em direção às salinas. Temos que proteger essas zonas para não termos casos como os do Lobito, Luanda e Zaire, que deixaram de ter salinas”, alertou.

A Associação dos Produtores e Transportadores de Sal de Angola (APROSAL) controla actualmente 14 produtores.

JA