Aos cem dias da presidência na gestão do Cofre de Providência da Polícia Nacional, Domingos Jerónimo chamou a imprensa para fazer o balanço da sua actividade.
Ao apresentar o relatório síntese, fez saber que, logo após ao acto de empossamento, “procedeu a uma avaliação do contexto em que o cofre estava mergulhado, para melhor desenhar as estratégias viáveis que permitissem melhorar a vida dos associados”.

O responsável explicou que o cofre estava mergulhado num quadro negro, em que os associados encontravam-se divorciados e distantes da sua instituição.

Pois, estes “caíram num descrédito total, chegando ao ponto de já não frequentar o prédio do edifício sede, visto que a direcção cessante deixou de prestar qualquer apoio social aos seus associados, que muitos precisavam para acudir a situação de saúde, e outras necessidades básicas”.

Domingos Jerónimo, disse que os associados, no tempo do Comissário Luís Alexandre , eram tidos apenas para o pagamento das suas contribuições.

Desde 2014 o cofre deixou de dar os apoios sem justificar as razões de tais medidas. A direcção cessante deixou de honrar os seus compromissos fundamentais consagrados nos estatutos do cofre, em não satisfazer as solicitações de subsídios de morte e solicitações de reforma”, sublinhou, acrescentando que os processos que deram entrada desde 2015 a 2019, não tinham sido atendidos pela antiga gestão.
 
“A estrutura anterior era muito pesada, desorganizada e confusa por quanto havia um número excessivo de trabalhadores, e muitos desses a funcionarem em empresas alheias ao cofre, bem como alguns funcionários fantasmas a beneficiarem dos salários do cofre”, acusou.
 
“A direcção cessante não tinha um documento que supervisionasse às receitas e cabimentasse as despesas. Quanto as finanças, a direcção cessante mergulhou o cofre numa situação catastrófica, chegando ao ponto de uma semana depois da actual direcção tomar posse, o banco BIC, sem qualquer notificação, mobilizou coercivamente os depósitos a prazo aí domiciliados, num valor aproximado de 1 milhão de Euros e 5 milhões de dólares americano, alegando o facto de falta de pagamento dos empréstimos contraídos pela anterior direcção”.
 
De acordo com o oficial da Polícia Nacional, a actual direcção encontrou o cofre totalmente endividado, quer com a banca como outros credores. “Todo o património do cofre inclusive edifício onde se situa a sede da instituição está hipotecado a banca”.
 
Lembre-se que o Presidente de Direcção do CPPPN recebeu no dia 27 de Setembro de 2019, em Luanda, as pastas dos dossiers do Cofre das mãos do Presidente cessante Dr. Alberto Lisboa Mário que havia substituído o Comissário Luís Alexandre por este ter renunciado ao cargo.
 
O CPPP foi criado em 1993 com o objectivo de assegurar os seus associados polícias, e as suas respectivas famílias.

NMC