Durante a visita de Xi Jinping a Portugal a EDP e a CTG assinaram um memorando para reforçar as relações culturais. Já a REN e a State Grid reforçaram a estratégia em várias áreas.

A visita do Presidente da China, Xi Jinping, a terras lusas culminou com a assinatura de 17 memorandos de entendimento, dois dos quais entre a EDP e a REN.

Os líderes das empresas estatais China Three Gorges e State Grid, principais accionistas da EDP e da REN, integraram a comitiva do presidente chinês. E, como tal, aproveitaram para assinar novos acordos com as empresas de energia.

Num momento em que está em curso a oferta pública de aquisição da CTG pela EDP, o CEO da eléctrica, António Mexia, e o novo CEO da empresa chinesa, Lei Mingshan, assinaram um “instrumento que define a cooperação ao nível da responsabilidade social das empresas, designadamente no domínio da cultura (com enfoque em actividades a desenvolver pela Fundação EDP e MAAT), desenvolvimento sustentável, inovação e R&D”.

Esta é a primeira vez que o novo presidente da CTG está em Portugal desde que assumiu as funções, substituindo Lu Chun qu etal, como o administrador financeiro, Ya Yang, foi afastado do cargo. As saídas não foram justificadas. O desenho da OPA a EDP tinha sido elaborado por estes gestores.

Além do reforço das relações culturais, o memorando assinado esta quarta-feira, 5 de Dezembro, incluiu a formalização da compra pela CTG de até 30% da participação da EDP Renováveis no offshore Moray, do Reino Unido.

Já o acordo assinado entre Kou Wei, CEO da State Grid, e Rodrigo Costa, CEO da REN, traduz o reforço da estratégia que tem sido implementada.

O acordo prevê a continuação da parceria no desenvolvimento do Centro de Investigação em Energia, bem como a integração de energias renováveis no sistema energético. E prevê a “operacionalização de projectos de interconexão energética entre Portugal e Marrocos, caso a REN assuma um papel neste domínio”.

JN