As principais associações de táxis, em Luanda, tiveram um encontro esta sexta-feira com a Empresa Nacional de Gestão do Sistema de Bilhética Integrada (ENBI), para avaliar um modelo de negócio mais seguro e viável para todas as partes e uma eventual integração no Sistema Nacional de Bilhética Integrada.
O Presidente da ATA, Rafael Inácio, afirmou que “a possibilidade de integração dos Táxis no ENBI irá permitir a inserção dos associados nas políticas públicas do executivo, bem como a formalização da actividade”, disse reagindo com bastante entusiasmo, augurando “que esta iniciativa possa-se concretizar o mais breve possível”.
A inclusão dos Taxistas no Sistema Nacional de Bilhética traz vários benefícios para a população em geral, uma vez que diversifica as opções de viagem e de mobilidade usando os bilhetes e passes GiraMais, assim como confere a expansão da rede de transportes colectivos urbanos, assegurando uma maior capacidade de oferta em zonas não servidas por autocarros.
Por outro lado, o cidadão poderá viajar com maior segurança, dado que todos os táxis aderentes ao SNBI estarão bem identificados, assim como o Motorista e o cobrador, o que irá inibir e reduzir significativamente os assaltos que se vêm verificando nos táxis.
Para os Taxistas e Proprietários a vantagem estende-se ao aumento da procura, no ganho de novos grupos de passageiros e num incremento das receitas, tal como na maior segurança na arrecadação de valores, havendo menos dinheiro circulando a bordo, mais acesso a apoios para a formalização da actividade e acesso à Segurança Social para os trabalhadores envolvidos.
Já as empresas poderão também ter um conjunto de pacotes atractivos para a aquisição de passes GiraMais para os colaboradores, que poderão ser utilizados nos táxis reduzindo o absentismo e os custos de aluguer de meios de transportes exclusivos.
Por sua vez, o Estado vai garantir a expansão mais rápida da rede de transportes e dos benefícios do SNBI a todas as províncias, assegurando a equidade territorial e bem-estar das populações, formalização do Programa de Reconversão da Economia Informal (PREI).
Com a inclusão dos “azulinhos” no SNBI, os beneficiários dos passes sociais poderão ter a possibilidade de viajar nos táxis pagando a diferença entre o valor da corrida e a percentagem de bonificação do passe.
No final do encontro o PCE da ENBI, Mário Nsingi, frisou a necessidade de criação de um grupo de trabalho entre a ENBI e as associações em referência, para que em conjunto possam trabalhar no sentido de reunirem condições para a assinatura do memorando de entendimento e de cooperação rumo à concretização dos objectivos definidos.
JA