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BAI desiste de vender BMF

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O Banco Angolano de Investimento (BAI) recuou na intenção de venda do BAI Micro Finanças e devolveu ao banqueiro António Mosquito o dinheiro que este tinha entregado ao banco no ano passado em jeito de “entrada”, confirmou o também e empresário e accionista do Caixa Angola, do Sol e do BCA ao Expansão.

No ano passado a instituição bancária tinha começado negociações com o banqueiro e empresário para vender 100% do capital social que detinha no BAI Micro Finanças, um banco especializado em microcrédito criado em 2004. No dia 05 de Agosto 2021 as duas partes até tinham assinado um acordo de transmissão da referida participação social, com o acordo a ser anunciado em comunicado.

Mas meses depois, segundo avançou António Mosquito ao Expansão, a instituição financeira comunicou-lhe ter recuado na decisão da venda alegando que queria reintegrar a instituição no BAI. Aliás, fonte da instituição bancária admitiu ao Expansão que essa reintegração deverá ser o cenário mais provável. Na altura das negociações, o processo de venda já tinha sido submetido ao Banco Nacional de Angola (BNA), como órgão supervisor e regulador do mercado bancário, tendo apenas faltado “luz-verde” da entidade.

Assim, segundo Mosquito, como o negócio não se concretizou, o BAI devolveu a “entrada” que este tinha dado na altura das negociações, num valor que se recusou a revelar.

“Restituíram o valor que tínhamos entregado porque o BAI disse que já não queria vender”, avançou o empresário.

Ainda assim, no relatório e contas de 2021 do BMF, num texto assinado pelo PCA Hélder Aguiar e pelo PCE Jorge da Silva e Almeida, é referido que o BAI estaria a preparar a venda da instituição.

“Embora a administração pretenda estrategicamente dar continuidade à operação corrente do banco, nomeadamente com o desenvolvimento de parcerias conforme acordo efectuado em 2021 com o INEFOP, entendemos que as negociações em curso do accionista maioritário para venda das suas acções poderão conduzir a uma alteração do modelo de negócio, perspectivando uma extensão para uma banca comercial universal. Assim, decorrente da necessidade de adaptação e inovação da oferta do banco, os desafios serão mais complexos, mas com a colaboração, empenho e dedicação de todos será possível alcançar grandes êxitos”.

Depois do BKI veio o BMF

Esta aquisição faz parte da estratégia do empresário para ganhar ainda mais “peso” na banca nacional, isto porque já detém uma participação de 12,00% no Caixa Angola (BCGA), de 6,33% no Banco Sol e de 1,82% no Banco Comercial Angolano (BCA).

Mas este não é o primeiro négócio a cair por terra a envolver o empresário e a aquisição de um banco.

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