O Banco Nacional de Angola (BNA) impôs uma sanção severa ao antigo Presidente da Comissão Executiva (PCE) do Banco Yetu, João da Costa Ferreira, proibindo-o de integrar qualquer órgão de gestão de instituições financeiras por um período de três anos.

A penalização deve-se à violação do Código de Conduta dos Mercados Interbancários e ao incumprimento do dever de gestão sã e prudente da entidade financeira.

Para além da interdição, o antigo gestor foi ainda multado em 100 milhões de kwanzas, conforme consta na nota de divulgação de contravenções do BNA. A entidade reguladora classifica as infracções cometidas como “especialmente graves”.

João da Costa Ferreira havia sido empossado como PCE do Banco Yetu em Abril de 2023, após ter sido eleito em Assembleia Geral com a missão de acelerar o crescimento da instituição. Porém, apenas um ano depois, foi destituído, na sequência de um processo de reestruturação interna.

Com uma carreira iniciada no BPC em 2008, Ferreira assumiu diversos cargos ao longo dos anos, tendo ingressado no Banco Yetu como administrador executivo em 2019. Chefiou áreas-chave como particulares e negócios, banca privada, empresas e marketing.

A sua saída ocorreu num contexto de profunda remodelação da estrutura de governação do banco. O ex-presidente do Conselho de Administração, Abrahão Gourgel, também foi afastado, juntamente com Rui Mangueira, que exercia o cargo de administrador independente.

A nova liderança do banco é agora composta por Paulo Jorge da Cunha Fontes na presidência da Comissão Executiva e por Teresa Evaristo Pascoal na presidência do Conselho de Administração — antiga directora de Inclusão Financeira do próprio BNA.

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