PCA do BCI faz ouvidos moucos à acusação escandalosa
Documentos postos a circular com a identidade e assinatura da Presidente do Conselho de Administração do Banco de Comércio e Indústria BCI, Zenaida Zumbi, dão conta que a subscritora está ser acusada de ter acedido à um crédito de forma ilícita de pouco mais de 400 milhões de kwanzas no próprio banco que dirige.
O dinheiro auto creditado à responsável, segundo as informações, serviram para a compra e reparação de uma habitação particular.
O alegado acto viola a Lei n.º 12/15, de 17 de Junho, Lei de Bases das Instituições Financeiras, que proíbe os membros do Conselho de Administração de bancos de acederem à empréstimos nos bancos vinculados para si e aos demais membros da família.
“As instituições financeiras não podem conceder crédito, sob qualquer forma ou modalidade, incluindo a prestação de garantias, quer directa ou indirectamente, aos membros dos órgãos de administração ou fiscalização equiparados, nem a sociedades ou outros entes colectivos por eles directa ou indirectamente dominados”.
Tudo indica que foram pessoas directamente ligadas ao BCI que denunciaram o acto engendrado pela PCA.
Ante à uma crise reputacional e de imagem de tamanha dimensão, facto é que, até ao momento, não há qualquer reacção tanto do Gabinete de Comunicação e Imagem do Banco como da própria Presidente do Conselho de Administração.
Restando apenas ao órgão supervisor, BNA, obrigar ao BCI vir a público esclarecer o assunto aos contribuintes, ou seja, aos angolanos, pois que, ainda é um banco público.
O BNA deve igualmente instaurar uma competente auditoria para aferir a veracidade do assunto e a idoneidade da acusada para gerir um banco bem como de toda estrutura corporativa do BCI.
O que não deixa de ser questionável é o facto da acusada já ter um histórico de gestão bancária nada abonatório ao seu CV. Como pode ter passado na análise de idoneidade feita pelo próprio BNA?