Em reacção à perspectiva do banco central, concernente à proibição de cobranças de comissões aos clientes para aquisição de divisas e o pagamento de serviços achados mínimos, o presidente do Conselho de Administração do BCI, Filomeno Ceita, disse não concordar com a medida tomada pelo BNA.
Filomeno Ceita reconheceu a necessidade da tomada de medidas de política monetária por parte do BNA, uma vez que é dever da instituição central zelar pelo melhor desempenho dos bancos comerciais, mas, recordou, “não concordo com a medida”.
Em exclusivo ao Jornal de Angola, o PCA do Banco de Comércio e Indústria explicou que não concorda com a medida tomada pelo BNA, por ser uma medida que visa reduzir as receitas dos bancos comerciais, em benefício dos clientes que vão deixar de pagar os encargos dos serviços que lhes são prestados.
Filomeno Ceita garantiu que a sua instituição “vai continuar a cobrar os serviços prestados aos clientes”.
Para Filomeno Ceita, apesar da informação sobre as medidas tomadas pelo BNA serem divulgadas pela imprensa e não passadas directamente às instituições financeiras, “enquanto não chegar à direcção do BCI um instrutivo que oriente o fim das cobranças pelos serviços prestados pelos bancos aos clientes, o Banco de Comércio e Indústria vai continuar a exigir contrapartidas, quer na abertura de contas bancárias, na manutenção, quer nas transferências interbancárias de valores e no levantamento do cartão multicaixa”.
Sem especificar os valores cobrados na prestação de serviços aos clientes, Filomeno Ceita garantiu que são valores monetários mínimos, que dão algum lucro aos bancos comerciais e “é preciso ter em conta que o Banco de Comércio e Indústria apenas tem cerca de um milhão de clientes”.
Referindo-se ao atendimento demorado por parte dos funcionários da sua instituição, Filomeno Ceita apelou aos clientes para que, ao invés de se deslocarem fisicamente ao banco ou dependências, façam o uso dos serviços electrónicos disponíveis, como o cartão multicaixa.
Entre os bancos contactados ontem pelo Jornal de Angola, como o Banco Sol, BNI (Banco de Negócios Internacional) e BIC, apenas o presidente do Conselho de Administração do BIC, Fernando Teles, se mostrou indisponível, por presidir na altura a uma cerimónia de inauguração de uma agência bancária no bairro do Chingo, na cidade do Sumbe.
Os demais departamentos de marketing remeteram-se ao silêncio.
JA