Angola quer combater a gravidez precoce, principal causa de abandono escolar no país, com o lançamento de projecto que visa empoderar o público jovem feminino, orçado em 250 milhões de financiados pelo Banco Mundial.
No do acto do lançamento do Projecto de Empoderamento da Rapariga e Aprendizagem para Todos (PAT-2) com a duração de cinco anos, o PR angolano, João Lourenço, deu ênfase a atenção que o sector da educação deve merecer.
“O PAT-2 implementará acções concretas que resultarão no seu empoderamento (raparigas). A razão de ser desse enfoque particular nas raparigas e adolescentes justifica-se, na medida em que os factores ligados ao género, sobretudo nas zonas rurais, marcam negativamente o acesso e permanência na escola e a promoção escolar das jovens raparigas”, disse.
Este projecto visa contribuir para a melhoria sustentável da qualidade da educação e do ensino angolano, sendo uma resposta oportuna no contexto particular da vigência da pandemia da covid-19, para o fortalecimento da resiliência do sistema educativo, que, como na grande maioria dos países do mundo, teve de se reinventar, encontrando soluções inovadoras para garantir a continuidade da educação.
Sobre a parceria com o Banco Mundial, iniciada em 2013, com o Projecto Aprendizagem para Todos, agora reforçada com este novo projecto centrado na rapariga, João Lourenço disse que Angola valoriza a cooperação com a instituição financeira mundial “e reputa de particular importância o projeto PAT-2”.
“Pelos ganhos significativos que resultarão desta cooperação estou certo que esta parceria é vantajosa para o nosso país, pelo que aproveito a oportunidade para agradecer ao Banco Mundial o apoio e a confiança demonstradas”, acrescentou.
Na sua intervenção, a ministra da Educação de Angola, Luísa Grilo, disse que o PAT-2 vai beneficiar mais de seis milhões de alunos, garantindo a sua acção multifacetada, num projecto formulado em três componentes, nomeadamente o empoderamento de raparigas, a redução da pobreza da aprendizagem e gestão, monitoria e avaliação do projeto.
A primeira componente visa fornecer informações e serviços de saúde sexual e reprodutiva a 300.000 jovens entre os 12 e 17 anos, dos quais 180.000 raparigas, para assim garantir um decréscimo da gravidez em idade escolar.
Em 2017, Angola já registava um total de 16 mil casos de gravidez precoce, no entanto este indicador começou a dar sinais de redução desde 2013..