Segundo o banco central, a medida resulta da necessidade de se assegurar maior transparência nas operações de venda de moeda estrangeira por parte das sociedades do sector petrolífero e diamantífero, que passam a ser obrigatoriamente registadas na plataforma Bloomberg FXGO, não podendo haver negociações paralelas.

Numa directiva tornada pública no site do banco central, o BNA esclarece que “os comandos para a venda bilateral de moeda estrangeira, bem como para realização de leilões, RFQ (Request for Quote, que em português significa pedido de cotação) e STA (leilões individuais) são para uso exclusivo do Banco Nacional de Angola, do Tesouro Nacional e dos bancos comerciais”.

Desde Fevereiro que as instituições financeiras bancárias autorizadas a exercer o comércio de câmbios estão obrigadas a submeter, diariamente, às 8h30 e às 13h30, as suas taxas de câmbio indicativas de compra e venda para o dólar norte-americano (USD), o Euro (EUR), e o Rand sul-africano (ZAR) na Plataforma Bloomberg.

O elevado volume de pagamento da dívida aos credores internacionais no mês de Maio e a queda do preço do petróleo provocaram uma acentuada descida do valor do kwanza, tornando-o na moeda africana mais fraca em relação ao dólar e a segunda no mundo, apenas atrás da libra sudanesa, como fez saber a revista financeira norte-americana Bloomberg.

As exportações do crude, que representa mais de 90% das exportações do país, caíram cerca de 30% face ao ano anterior, ou seja, o Brent — que serve de referência para as exportações angolanas, foi negociado a 82,10 USD o barril em média, isto no primeiro trimestre de 2023, comparativamente aos 97,90 USD do período homólogo.

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