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BNA deve travar a sangria das divisas, mas acompanhada de mais incentivos à produção interna

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É importante que a banca nacional tanto a comercial como a de desenvolvimento se imbua de um espirito de apoio às empresas e às famílias, de maneira activa e realista através de financiamentos aos micros e médios projectos de investimentos em infraestruturas, tecnologias e despesas pessoais ou de consumo, com comissões e taxas acessíveis, com menos ónus.

Recorrendo-me a alguns acontecimentos do pretérito, para lembrar da forma estranha com “dolo” em que foi engendrada para que futuramente Angola viesse a ser uma nação de “contentores”, assistimos sem perceber o esvanecer de infraestruturas com capacidades para criar cadeia de valores.

Foi assim com a ERT, Fabimor, Manautos e Socibordas, e até mesmo as Lojas do Povo, não foram poupadas! Quiçá, era uma estratégia para abafar a nossa produção nacional em desenvolvimento, para sustentar a economia que os angolanos almejavam. Muitos destes “agentes de importação” constituídos em empresas de pequena e média dimensões, analisados os seus relatórios & contas, reportados de qualquer ano, os rácios de endividamento e de autonomia financeira, situam-se geralmente acima dos 95% e 5% respectivamente. Usam capital alheio, (da banca), para pagamento dos produtos importados (isto na compra de divisas), e obter ganhos extraordinários.

Este negócio de algum tempo a esta parte tem impactado nos resultados dos bancos, mostrando-se mais apetecível do que o seu core business, a concessão de crédito, para fomento da economia. A actuação deste tipo de empresas fazem-no como se estivessem num mercado de oligopólio (se dá quando um número pequeno de empresas detém parcela significativa de algum mercado), onde a procura e oferta não operam em equilíbrio, resultando num domínio e influência das empresas na fixação do preço no mercado.

Agem de forma coordenada como de um cartel se tratasse. É importante que a banca nacional tanto a comercial como a de desenvolvimento se imbua de um espirito de apoio às empresas e às famílias, de maneira activa e realista através de financiamentos aos micros e médios projectos de investimentos em infraestruturas, tecnologias e despesas pessoais ou de consumo, com comissões e taxas acessíveis, com menos ónus. Por exemplo, o BDA, dentre as sua linhas de crédito pudesse direccionar uma, para o atendimento de forma bonificada e resiliente à agricultura familiar.

O executivo deve criar mais incentivos de forma expansionista para créditos nas áreas essenciais; agricultura e outros, criadores de postos de trabalho para jovens com qualificação baixa e média. Devemos aproveitar a crise mundial na produção de cereais e tornar real o PLANAGRÃO, que prevê um investimento de aproximadamente 670 milhões de dólares americanos para produção de grão, e cerca de 471 milhões de dólares americanos para construção de infraestruturas de apoio ao sector produtivo e social. A Rússia e a Ucrânia são os principais exportadores de grãos no mundo, cuja produção está comprometida devido o conflito naquela região, não podendo corresponder com a procura desejada. Eis um potencial para tornar exequível o PLANAGRÃO.

África importou entre o período de 2018-2020, 3,7 biliões de dólares em trigo da Rússia e outros 1,4 biliões de dólares da Ucrânia. Cerca de 36 países contam com estes dois exportadores para mais de metade das suas importações, segundo o Programa Alimentar Mundial-PAM, ONU. Outrossim, o País não pode continuar a gastar anualmente mais de 80 milhões de dólares americanos na importação de frangos; na importação mensal de 22 milhões de dólares em coxas de frango; 20 milhões em óleo alimentar; 20 milhões em arroz; 20 milhões em açúcar.

Dai, a insustentabilidade da nossa economia sobreviver neste ritmo (admitido pelo recém-nomeado ministro de estado para coordenação económica), mormente num momento em que as posições das nossas reservas internacionais estarem curtas, antevendo dificuldades para cobertura de importação de bens essenciais a cesta básica, não produzidos localmente, e honrar os compromissos com os pagamentos ao serviço da dívida que o país contraiu, tanto interna como externa

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