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BPC afundado numa desmedida e colossal crise reputacional

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Se uma imagem credível e de confiança está entre os principais activos imprescindíveis para um banco se justificar no mercado, então o BPC está de facto numa posição deveras preocupante, muito preocupante para o sistema financeiro angolano. 

Os últimos factos registados e publicamente divulgados colocaram a “caixa social” da República de Angola numa espiral descendente de crise de imagem e reputacional sem precedentes com efeitos sensíveis para o sector financeiro angolano.

Para enumerar alguns, há quase um mês, o sistema informático do BPC foi alvo de um ataque alegadamente de piratas, suscitando um clima de desconfiança no seio dos clientes.

Por conseguinte, a Operação Caranguejo destapou casos escandalosos nos quais funcionários deste banco foram presos.

O BPC perdeu o rasto de pouco mais de 11 mil clientes, entre empresas e pessoas individuais, que acederam a serviços de financiamento e ainda não honraram o compromisso.  

O volume de megalómanos problemas do BPC têm surtido efeitos sistêmicos a nível da banca angolana.  

O estudo recente “Banca em Análise 2021”, da Delloite Angola, revelou recentemente que o Banco de Poupança e Crédito (BPC) obteve, em 2020, o maior prejuízo na história da Banca angolana, ao passo que os bancos pequenos tiveram um crescimento considerável.

E, consequentemente, os resultados líquidos da banca angolana afundaram 237% em 2020, com perdas de 218 milhões de euros reflectindo o reconhecimento da menos-valia na cessão de 80% da carteira de crédito malparado do Banco de Poupança e Crédito (BPC, público) à RECREDIT.

O Departamento de Conduta Financeira do BNA publicou uma lista de instituições bancárias na qual integra um total de  420  queixas registadas  contra outros bancos (de grande, média e pequenas dimensões).

O Banco de Poupança e Crédito (BPC) lidera esta lista com um total de 163 clientes bancários a queixaram-se por operações não efectuadas/reconhecidas e morosidade na realização de operações nos ATM e TPA.

Durante o segundo trimestre deste ano, as reclamações contra o BPC estiveram ligadas aos serviços de conta corrente à ordem, movimentos em multicaixas, terminais automáticos (TPA) e transferências monetárias.

Não há imagem nem marca muito Reputação que resista a tantos problemas que afectam directamente os principais os principais embaixadores. E quando estes problemas tornam-se temas de abordagem com pendor negativo no espaço público é reputacionalmente desesperador.

Diante deste flagelo reputacional em que a confiança pelo BPC está visivelmente afectada,  as dimensões reputações corporativos como produtos/serviços, liderança, inovação e desempenho financeiro simplesmente não existem. 

E de facto não quaisquer indícios da assumpção de um posicionamento consistente de comunicação capaz de contrapor o potencial lesivo das acções negativas.

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