Tal como na eleição da nova sede da EMA, a capital francesa precisou de um sorteio para ganhar a EBA
O “brexit” já começa a fazer-se sentir e a deixar o Reino Unido mais pobre. Até março de 2019, Londres vai ver partir para Paris a Autoridade Bancária Europeia e para Amesterdão a Agência Europeia do Medicamento.
As duas votações decorreram esta segunda -feira num Conselho de Assuntos Gerais da União Europeia, com a participação de 27 Estados-membros — o Reino Unido já não teve voto na matéria. Ambas necessitaram de terceiras rondas e no final os desempates foram decididos por sorteio.
Na votação da instituição financeira criada em 2011, Frankfurt foi eliminada na segunda ronda. No duelo final com Dublin, Paris foi foi a sorteada após ambas terem conseguido 13 votos.
A EMA também foi disputada até última, com Milão a ganhar a duas primeiras votações, mas a perder o sorteio final. O Porto foi a sétima mais votada a par de Atenas.
Amesterdão acabou por sair vencedora, vai tornar-se agora na capital europeia da indústria farmacêutica e receber os mais de 800 trabalhadores da agência do medicamento.
Com o adeus destas duas instituições, o Reino Unido perde mais de um milhar de postos de trabalho além do impacto fiscal que ambas terão nos Estados-membros para onde vão migrar.
Se perder o acesso ao mercado único, estima-se que cerca de 10 mil postos de trabalho vão desaparecer no Reino Unido ou ser criados na União Europeia nos próximos anos, previu a Reuters em setembro.
O setor dos serviços financeiros é responsável por cerca de 12 por cento da produção britânica e vale mais impostos à Rainha Isabel II do que qualquer outra indústria.