As pérolas conquistaram o 15.º título, por 29-19, na final do CAN de Andebol Feminino, este sábado, em partida disputada no Pavilhão de Dakar, depois de ter estado a perder por 2-5 contra os Camarões.
As senhoras de ouro mais uma vez mostram ao continente de que fibra são feitas e por que razão detêm a hegemonia da modalidade a nível de África. À semelhança de 2021, aos Camarões resta o contentamento da medalha de prata.
As Pérolas entram mal no jogo e nos primeiros minutos consentiram dois golos das adversárias. Ainda assim, as angolanas chegaram a igualar o marcador.
Bastante motivadas pela claque ressabiada do Senegal, selecção que Angola venceu nas meias-finais, as camaronesas estavam focadas em esgrimir da melhor forma os argumentos técnicos e tácticos.
Aos 8 minutos, 5-2 a favor dos Camarões. Fiéis ao sistema defensivo 6-0, as Pérolas não baixaram os braços e correram atrás do resultado. As entradas de Natália Kamalandua e Isabel Guialo deram outro alento ao grupo.
Suzeteh Matias e Wuta Dombaxi foram as apostas para o sector defensivo, tendo obrigado as oponentes a falhar e a precipitarem o ataque. Aos 12 minutos, Natália Bernardo igualou o marcador a cinco golos com um “chuverinho” sem hipótese para a guarda-redes camaronesa, numa altura em que o adversário ficou cinco minutos sem marcar.
À passagem do minuto 15, os Camarões mais uma vez distanciaram-se do marcador com dois golos de vantagem, 7-5. Na sequência, Helena Paulo com um remate em suspensão reduziu para 6-7 e Liliana Venâncio com um movimento de rotação voltou a empatar o desafio (7-7).
Quando o marcador assinalava 20 minutos, Angola pela primeira vez passou à frente do marcador , 9-8. Helena de Sousa substituiu Marta Alberto na baliza, tendo protagonizado três defesas seguidas.
Com o marcador a registar 11-9 a favor do “sete” nacional, na bancada se ouvia o “fecha”, embora de forma tímida. Agachado na quadra de jogo, o seleccionador Vivaldo Eduardo esteve sempre atento a cada movimentação ofensiva das jogadoras. Ao intervalo 13-10.
Na segunda parte, o combinado angolano entrou mais esclarecido, para o desalento do conjunto camaronês. Aos 14 minutos, 21-14. Se por um lado Angola manteve o ritmo competitivo, do lado das camaronesas era visível a quebra física.
Seis minutos depois, a selecção ampliou para 24 golos, contra 16 da adversária. Em função do resultado dilatado, os adeptos senegaleses começaram a abandonar o recinto, pois apenas uma hecatombe poderia levar a selecção dos Camarões a inverter o rumo dos acontecimentos.
Teresa Almeida “Bá” entrou nos últimos dez minutos e fez aquilo que se esperava. Natália Bernardo mostrava-se imparável e sempre que podia fustigava as redes da baliza dos Camarões.
Angola detém a hegemonia do andebol a nível de África. Face à elevada qualidade técnica e táctica a nível individual e colectivo, em 15 edições as Pérolas ocuparam o primeiro lugar do pódio.
JA