Cinco meses depois da posse, o PCE do Banco Económico apresentou a sua demissão do cargo que ocupa na administração no banco, por “desalinhamento com os accionistas sobre questões fundamentais para a recuperação do banco”. Carlos Duarte confirmou que foi “uma decisão própria, em consciência”.
Menos de seis meses depois de ter sido nomeado para o Conselho de Administração do Banco Económico, Carlos Duarte confirmou que vai apresentar hoje a sua demissão do cargo, em rota de colisão com aquilo que são as opções dos accionistas para a recuperação do banco.
“Há um desalinhamento com as questões fundamentais da estratégia para a recuperação do banco”, disse ao Expansão, o que na prática significa que não concorda com as medidas que foram aprovadas na última assembleia geral. Aliás, o Expansão já tinha noticiado que Carlos Duarte tinha mostrado algum descontentamento durante esta assembleia.
Carlos Duarte, transitou da ENSA onde foi durante muitos anos PCA da empresa, não deixa de acrescentar que esta foi uma decisão tomada em consciência, própria e que será comunicada hoje oficialmente através da entrega da carta de demissão à estrutura do banco. Sobre o seu futuro, acrescentou “claro que tenho alguns projectos para desenvolver, eu vivo do meu trabalho e não posso deixar de o fazer”.
Esta é a primeira baixa na administração da instituição e vai certamente abrir mais uma “crise” no Banco Económico, que como se sabe passa por um momento muito complicado. Carlos Duarte era visto pelo sector como um quadro sério e confiável e como tal, será de difícil substituição. Espera-se uma reacção da restante administração do Banco Económico nos próximos dias
Expansão