O Presidente da República, João Lourenço, exonerou, na passada segunda-feira, seis oficiais generais, depois de ouvido o Conselho de Segurança Nacional.

A Casa Civil do Presidente da República refere, em Nota de Imprensa, que foram exonerados os tenentes-generais Ernesto Guerra Pires e Angelino Domingos Vieira, respectivamente do cargo de consultor do ministro de Estado e Chefe da Casa de Segurança do Presidente da República e secretário para o Pessoal e Quadros da Casa de Segurança do Presidente da República.

Os tenentes-generais José Manuel Felipe Fernandes e João Francisco Cristóvão foram exonerados dos cargos de secretário-geral da Casa de Segurança do Presidente da República e de director de Gabinete do ministro de Estado e Chefe da Casa de Segurança do Presidente da República, respectivamente.

Foram igualmente exonerados o secretário para Logística e Infra-Estruturas da Casa de Segurança do Presidente da República, tenente-general Paulo Maria Bravo da Costa, o assistente Principal da Secretaria para os Assuntos dos Órgãos de Inteligência e Segurança de Estado da Casa de Segurança do Presidente da República, brigadeiro José Barroso Nicolau.

Por outro lado, a Procuradoria-Geral da República informou que na mesma segunda-feira (24), que apreendeu milhões de kwanzas, euros, dólares, residências e viaturas de luxo, no âmbito de um processo crime em que estão envolvidos oficiais generais, sem citar os nomes.

Todavia, as exonerações empreendidas pelo PR indiciam que tratar-se do mesmo caso que segundo o PGR, General Hélder Pitta Grós, disse estar ainda em segredo de justiça quando falava à RNA.

Pois que, no seu comunicado, a PGR apenas avança que estão envolvidos Oficiais das Forças Armadas Angolanas afectos à Casa de Segurança do Presidente da República, por suspeita de cometimento dos crimes de peculato, retenção de moeda, associação criminosa e outros.

Por conseguinte, a PGR tornou público que durante a investigação foram apreendidos valores monetários em dinheiro sonante, guardados em caixas e malas, na ordem de milhões, em dólares americanos, euros e Kwanzas, bem como residências e viaturas.

A Procuradoria-Geral da República refere também que a prática dos factos que estiveram na base da abertura do aludido processo remonta a muitos anos atrás.

“O referido processo segue a sua tramitação para a determinação de todos os bens e valores em causa, de todos os agentes envolvidos, de outras infracções cometidas e demais circunstâncias relevantes, encontrando-se, para o efeito, em fase de instrução preparatória”, lê-se no comunicado da PGR.