Apesar da Centralidade do Capari pertencer territorialmente à província do Bengo, todo o sistema operativo ainda é feito a partir de Luanda. A Centralidade do Kilamba, a primeira a ser inaugurada no País em 2010, é a que tem a maior fatia do “kipali” (dívida) entre as centralidades.
São mais de 1,1 mil milhões de kwanzas de “calote” à Empresa Pública de Águas de Luanda num universo de 21 mil clientes. Segundo um relatório síntese da dívida das centralidades da EPAL, a Centralidade do Sequele, em Cacuaco, com mais de oito mil clientes deve à EPAL mais de 560 milhões de kwanzas.
A Centralidade da Vida Pacifica, com mais de 3.000 clientes, ocupa o terceiro lugar na lista dos devedores com mais de 120 milhões de kz. A Centralidade do Zango 8.000, pertencente ao município do Ícolo e Bengo, que recebeu os primeiros moradores em 2018 e que tem 4.059 clientes, tem a sua dívida estimada em 86, 3 milhões de kz.
Conforme o relatório síntese dos “kipalis” das centralidades, o Capari, que está sob responsabilidade e gestão da EPAL, tem uma dívida acumulada de 80 milhões.
Com apenas 215 clientes inscritos, a Centralidade do Kalawenda, no município no Cazenga, deve à EPAL 8 milhões de kwanzas. Já a Centralidade da Marconi, no distrito do Hoji Ya Henda, ainda no Cazenga, com o menor número de clientes entre as centralidades de Luanda, 188 clientes, tem a sua dívida estimada em 5 milhões.
Vladimir Bernardo, director do gabinete de comunicação institucional da EPAL, disse ao Novo Jornal que a dívida das centralidades preocupa a empresa, uma vez que os clientes destas centralidades são os que mais reclamam quando há falta de água em Luanda.
Segundo o também porta-voz da EPAL, os clientes com dívidas avultadas podem pagar por parcelas mediante um acordo de pagamento com a EPAL. De realçar que a dívida acumulada dos nove municípios da província de Luanda para com a Empresa Pública de Águas de Luanda (EPAL) é de 105 mil milhões de kwanzas.
NJ