Um total de 1,3 milhão de pessoas foram transportadas em 2022 pelos comboios dos Caminhos-de-Ferro de Benguela (CFB), no troço Lobito (Benguela) até ao Luau (Moxico).
O presidente do Conselho de Administração dos Caminhos-de-Ferro de Benguela, António Cabral, à margem da tradicional cerimónia de cumprimentos de fim de ano ao governador de Benguela, Luís Nunes, o gestor da empresa informou que em termos de mercadorias foram transportadas cerca de 300 mil toneladas.
Sobre a facturação, António Cabral esclareceu que os comboios de mercadoria é que dão suporte financeiro aos CFB, justificando que os de passageiros são meramente sociais e os preços são “muito baixos”, o que faz com que a facturação esteja mais acentuada na transportação de mercadorias.
Indicou como constrangimentos, o insuficiente número de carruagens para poder transportar os passageiros como se almeja, sobretudo da estação do Luena que serve quatro províncias, fazendo com que haja maior quantidade de clientes naquele entreposto ferroviário.
Segundo o responsável, o balanço é positivo. “Estamos no fim de 2022 e almejamos que 2023 seja melhor, sobretudo, no trabalho que é servir o povo”, vaticinou, para acrescentar que para o ano prestes a terminar o movimento ferroviário pode ser considerado positivo.
“Temos estado a cumprir com os programas dos comboios, porém, o objectivo é melhorar sempre, sobretudo na mobilidade da po-pulação e há perspectivas de aumentarmos em 2023, o número de carruagens para melhorar a mobilidade e transporte de pessoas e mercadorias”, assegurou.
O que se pretende, esclareceu, é ter um comboio recoveiro que outrora se chamava “Camacove”, que conforme as explicações do PCA dos CFB está na forja, de modo a que se possa transportar todas as pequenas mercadorias da população e dos camponeses. A meta é evitar que a população tenha mercadorias retidas.
O presidente do Conselho de Administração dos Caminhos-de-Ferro de Benguela (CFB) assegurou que em 2023 o objectivo é fazer com que a circulação do comboio que liga Lobito (Benguela) – Huambo seja um facto.
O presidente do Conselho de Administração dos Caminhos-de-Ferro de Benguela (CFB), António Cabral, disse que a dinamização do Corredor do Lobito é de iniciativa central e que o plano prevê o aumento de frequências para dinamizar a transportação de pessoas e mercadorias.
“O Corredor do Lobito vai ser dinamizado. Essa é a intenção do Governo. O objectivo do Executivo é aumentar as frequências e dinamizar as trocas comerciais”, disse.
Garantiu que tal desiderato será cumprido, porque o concessionário vai do lado do Congo Democrático fazer investimentos para se alcançar as metas de três milhões de toneladas a serem transportadas por ano.
“Actualmente estamos a transportar 300 mil toneladas. Se o concessionário chegar aos indicadores pretendidos, vai ser bom na medida em que se vai proporcionar mais empregos e ter maior fluxo de comboios neste troço Lobito (Benguela) – Luau (Moxico)- Congo Democrático, economicamente estaremos bem”, assegurou.
O CFB, que atravessa Angola do Este ao Leste, é o maior e mais importante modal do tipo no país. Sua “testa” é o Porto do Lobito, na costa atlântica, de onde exporta todo o tipo de produtos, desde minérios a alimentos, componentes industriais, cargas vivas e outras.
JA