O Tribunal de Comarca de Luanda (TCL) julgou sumariamente e condenou o cidadão Elias Zola Simão, de 37 anos, a um ano de prisão efectiva por desobedecer a uma ordem policial e ter arrastado no capô da sua viatura um agente da Polícia Nacional na Av. Comandante Gika, na zona da Maianga, em Luanda.
O arguido foi ainda obrigado, esta terça-feira, ao pagamento de uma taxa de justiça de 50 mil kz e uma indemnização no valor de dois milhões de kwanzas ao ofendido.
Ao tribunal o arguido disse que vive uma situação emocional familiar muito triste e daí não obedecer à ordem do agente da Polícia Nacional. O Ministério Público (MP) o acusou-o de tentativa de atropelamento e desobediência às autoridades.
Ao tribunal, o agora condenado, garantiu ser agente de turismo, declarou não ter parado o carro porque estava com alguma pressa e com filhos e outros familiares dentro da viatura.
Após a condenação, Elias Zola Simão mostrou-se arrependido e disse que teve a triste atitude por emoção e desencorajou outras pessoas a cometerem tal desrespeito. “Peço que a sociedade não me julgue só pelo meu acto. As pessoas erram e eu cometi um erro, estou arrependido, por favor não façam o que fiz”, disse, arrependido o agora condenado.
Os factos aconteceram no dia 16, por volta das 10:00, quando o agente da Polícia Nacional, Manuel Caetano Xagas, em serviço, flagrou o arguido a fazer uma manobra perigosa e o interpelou.
Conta o agente que este desobedeceu e ainda ofendeu o agente, o que fez com que o polícia o perseguisse até ao Largo da Sagrada Família, onde o mandou parar. Ao solicitar a documentação, o arguido negou-se a entregar, dizendo que só faria na presença do seu irmão, também polícia.
Segundo a acusação, para que o arguido não fugisse, o agente da polícia pôs-se em frente da viatura quando o cidadão arrancou o carro, arrastando-o por vários metros, num acto que foi filmado e cujo vídeo foi muito partilhado nas redes socais.
NJ