O Banco de Negócios Internacional (BNI) alertou as autoridades para a utilização fraudulenta do nome da instituição numa “operação internacional de elevado montante”.
A denúncia conduziu à detenção de cinco cidadãos, acusados de negociar uma linha de crédito fictícia de 50 mil milhões USD.
A informação de que o BNI tinha disponível de uma linha de crédito de 50 mil milhões de dólares para financiar projectos empresariais em Angola, iniciativa alegadamente associada a capitais tailandeses, foi desmentida pela instituição bancária, que alertou as autoridades para a utilização fraudulenta do seu nome.
Na sequência da denúncia, a Procuradoria-Geral da República (PGR) iniciou uma investigação que conduziu à detenção de cinco cidadãos, sob suspeitas de burla.
O caso foi confirmado pelo próprio BNI, que, através de uma nota, esclareceu que tomou conhecimento, através das redes sociais, da utilização do seu nome numa “operação internacional de elevado montante, proposta por uma empresa tailandesa e destinada a projectos a realizar em Angola”.
Na mesma mensagem, o banco adianta que cumpriu as “boas práticas internacionais no domínio de compliance“, encaminhando o processo para as entidades competentes.
Na sequência dos mandados de detenção ordenados pelo Ministério Público, no âmbito do processo crime n°.41/18-04, que corre trâmites no SIC, foram detidos no Hotel Epic Sana, em Luanda, os cidadãos estrangeiros RAVEEROJ RITHCHOTEANAN, de 50 anos de idade; PRACHA KANYAPRASIT, de 35 anos, ambos de nacionalidade Tailandesa; ISAAC MILLION, Eritreu, de 27 anos e os nacionais CHRISTIAN ÂLBANO DE LEMOS, 49 anos, 1° Subchefe da Polícia Nacional, colocado no Departamento de Intercâmbio e Cooperação.
E igualmente a angolana CELESTE MARCELINO DE BRITO ANTÓNIO(na foto), sócia da empresa “Celeste de Brito, Lda”, todos indiciados na prática dos crimes de Falsificação de Documentos, Burla por Defraudação e Associação de Malfeitores, puníveis pelos artigos 216°; 451° e 421 n°.5 e 263°, todos do Código Penal.