O Conselho Nacional de Juventude (CNJ) garante ter recebido luz verde do Governo, através do Ministério das Obras Públicas, Urbanismo e Habitação (MINOPUH), para a aquisição de 8000 novos apartamentos em 2023, que serão destinados à juventude das províncias de Luanda, Huíla e Benguela, soube o Novo Jornal junto do CNJ.
Isaías Kalunga, presidente do CNJ, afirmou que os oito mil apartamentos serão destinados especialmente à juventude das organizações políticas, órgãos de defesa e segurança, educação, saúde e taxistas.
Segundo o líder juvenil, a construção dos apartamentos nas três províncias está a cargo de consórcios chineses e portugueses e o Ministério das Obras Públicas, Urbanismo e Habitação já cedeu os espaços para a sua construção. Isaías Kalunga fez estas afirmações em Luanda, a propósito da sua participação no Fórum de Jovens da CPLP, que decorreu no Brasil.
O responsável do CNJ não precisou o mês para a conclusão das obras, mas garantiu que a entrega dos novos apartamentos à juventude será no próximo ano. Segundo o líder do CNJ, 6000 apartamentos serão entregues em Luanda, 1000 na Huíla, e outros 1000 em Benguela.
Recorde-se que uma semana antes das eleições gerais do passado dia 24 de Agosto, o Instituto Nacional da Habitação (INH) entregou um edifício com 112 apartamentos ao CNJ, no âmbito do programa de fomento habitacional do Executivo, no complexo habitacional Vida Pacífica, no Zango zero.
Os critérios para a selecção dos jovens na aquisição de um apartamento nesta urbanização nunca foram tornados públicos, o que faz com que muitos cidadãos desconfiam e questionem o processo de selecção.
O líder do CNJ chamou a atenção ao Presidente da República, dizendo que estava a ser enganado por alguns dos seus auxiliares sobre a forma como as habitações de algumas centralidades na província de Luanda estavam a ser entregues.
Isaías Kalunga escolheu as redes sociais, na ocasião, para mostrar a sua preocupação pelo facto de as centralidades do Kalawenda, Marconi e do KK5000 estarem praticamente todas habitadas sem respeitar o que a lei diz sobre a percentagem das casas que devem ser entregues aos jovens.
“Presidente João Lourenço, alguns dos seus auxiliares continuam a não te ajudar. A centralidade do Kalawenda está quase 100 % habitada sem se respeitar o percentual para a juventude.
A centralidade da Marconi está a ser preenchida e a juventude também está sem o percentual exigido por lei”, escreveu na sua conta do Facebook o número um do Conselho Nacional de Juventude angolana. A entrega dos apartamentos ao CNJ resulta de uma orientação do Presidente da República, João Lourenço.
NJ