A gestão dos Recursos Humanos da Polícia Nacional (PN) está a ser “minada” pela corrupção, alertou o comandante-geral da corporação, comissário-geral Alfredo Mingas “Panda”, chamando a atenção para a venda de patentes dentro da instituição e para a existência de efectivos da PN que recebem salários, apesar de não fazerem nada.

Falando na abertura do 1.º Semanário Metodológico dos Especialistas de Recursos Humanos da Polícia Nacional, realizado esta terça-feira, 20, em Luanda, o comandante “Panda” sublinhou a necessidade de se melhorar a gestão dos efectivos que integram a corporação.

Segundo o responsável, para além de promoções que pecam pela falta de transparência e excessiva interferência humana, há efectivos “que ganham salários, regularmente, sem desenvolverem qualquer actividade, supostamente por falta de vaga, ou por capricho dos chefes”.

Os problemas na gestão dos Recursos Humanos (RH) da PN conduziram mesmo à criação de “um vergonhoso esquema de corrupção entre os especialistas ” dessa área, alertou o comissário-geral.

Alfredo Mingas “Panda” acusou mesmo os prossionais de RH de venderem patentes a efectivos e favorecerem amigos e familiares, situação que se reecte na organização da corporação.

Recorde-se que desde que assumiu o comando geral da PN, em Novembro do ano passado, o comissário-geral tem feito soar os alertas contra a corrupção no seio da corporação, orientados para o fim do fenómeno “gasosa”.

NJ