A manifestação agedanda por activistas para este Sábado, 17, por sinal já “começou”. Na medida em que, já são notórios posicionamentos que por um lado, desferem ironias baseadas em exemplos factuais de “assalto ao poder” e por outro, o apelo ao respeito dos que pretendem supostamente “tomar o poder de assalto”.
A UNITA, maior partido da oposição manifestou-se por apelar ao Ministério do Interior e às forças de segurança para que respeitem os direitos constitucionais dos cidadãos durante a manifestação “pacífica” nacional deste sábado.
Recorde-se que a manifestação foi convocada por um grupo de activistas da sociedade civil em detrimento da subida dos preços da gasolina, o fim da venda ambulante e a proposta de lei das Organizações Não-Governamentais.
Segundo o partido do “Galo Negro”, os últimos desenvolvimentos políticos, sociais e económicos no País são resultantes das iniciativas legislativas e medidas de política económica e social do Executivo, que levam qualquer cidadão a uma enorme preocupação.
A UNITA considera legítimas as motivações dos promotores da manifestação e manifesta a sua solidariedade com a causa dos activistas.
“Os membros, amigos e simpatizantes da UNITA são antes de mais nada cidadãos angolanos, porisso, são livres de individualmente participarem da manifestação convocada pelos activistas da sociedade civil”, diz a fonte do NJ.
Por conseguinte, o Presidente da República, João Lourenço, manifestou nesta sexta-feira, que as instituições do Estado e a sociedade civil patriota e comprometida com a democracia deixam uma mensagem clara a quem procure chegar ao poder por “caminhos impróprios, por meios inconstitucionais”.
“Estamos atentos e vigilantes para não se deixar ruir esta obra que muito nos orgulha, a da construção do Estado Democrático e de Direito”, disse João Lourenço, no discurso por ocasião dos 15 anos do Tribunal Constitucional.
“Somos testemunhas de situações destas onde o assalto ao poder se consubstanciou no assalto efectivo dos centros do poder Executivo, nuns casos, e do Legislativo, noutros, felizmente neutralizados para o bem da sobrevivência da democracia”, acrescentou.
No caso de Angola, assinalou, há quem nunca reconheceu os resultados eleitorais, mostrando que não respeita a vontade soberana do povo expressa nas urnas.