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Companhias aéreas de África do Sul e Quénia unem-se e criam Pan-African Airline

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“As empresas podem afirmar que se trata apenas de uma parceria e não de uma fusão, o que nos preocupa não é o termo, nem a forma, mas os efeitos sobre o mercado”, diz a autoridade da concorrência da COMESA.

A South African Airways e a Kenya Airways estão a finalizar uma parceria para a criação, em 2024, de um novo grupo pan- -africano de aviação, embora as duas companhias aéreas desmintam a informação de que se trate de uma fusão. As negociações para a criação da Pan-African Airline Group entraram na fase decisiva, dois anos após as companhias de bandeira de África do Sul e Quénia assinarem um acordo de parceria para melhorar a conectividade regional e oferecer tarifas mais acessíveis.

Após a assinatura do acordo, em Novembro de 2021, o então Presidente do Quénia, Uhuru Kenyatta, anunciou na sua mensagem de ano novo, a fusão da South African Airways e da Kenya Airways para dar origem a uma “companhia aérea pan-africana com um alcance continental e uma cobertura global inigualáveis”.

A South African Airways, que em Fevereiro recebeu mil milhões de rands (54,7 milhões USD) para liquidar parte da dívida, conforme acordado no Plano de Recuperação da empresa aprovado em 2020, apressou-se a desmentir o anúncio do ex-Presidente queniano e esclareceu que o que estava em causa era um acordo de partilha e não uma fusão. Vimla Maistry, porta-voz da SAA, assegurou então que as duas companhias iriam continuar a “funcionar de forma independente”.

A 22 de Fevereiro deste ano, a Comissão da Concorrência do Mercado Comum da África Oriental (COMESA) afirmou, em conferência de imprensa, que a proposta de parceria entre as duas companhias aéreas poderia ser vista como uma fusão, dependendo do seu impacto na concorrência regional.

“As empresas podem afirmar que se trata apenas de uma parceria e não de uma fusão, o que nos preocupa não é o termo, nem a forma, mas os efeitos sobre o mercado”, frisou Willard Mwemba, director executivo da Comissão de Concorrência do COMESA, deixando claro que a Kenya Airways, que opera no mercado comum do COMESA, devia informar o regulador sobre os seus planos com a SAA.

Partilha de rota e preços coordenados

A Kenya Airways e a SAA assinaram o Quadro de Parceria Estratégica, em 2021, dois meses depois de uma visita do ex-Presidente Kenyatta a África do Sul. O acordo, considerado um marco para a criação de uma companhia aérea pan-africana, foi assinado antes da privatização parcial da SAA e da entrada do Consórcio Takatso, que em Fevereiro de 2022 adquiriu 51% da companhia sul-africana.

Além da partilha de códigos (code-share) e preços coordenados nas rotas já servidas pelas duas companhias, em torno dos aeroportos de Nairobi e Joanesburgo, o modelo desenhado pelo acordo permitiria reduzir significativamente os custos operacionais, através de economias de escala, e abriria espaço para novas rotas.

“O crescimento da parceria irá permitir a adição de Zanzibar, Kilimanjaro, Juba, Douala, Lusaka, Gana e Nigéria, sujeito à aprovação do governo, uma vez que as companhias aéreas procuram oferecer mais opções aos viajantes dentro de África”, refere um comunicado da SAA de 19 de Julho de 2022.

A South African Airways e a Kenya Airways acumularam prejuízos nos últimos anos, situação agravada pela pandemia da Covid-19. Alvo de um resgate, ao abrigo da Lei de Recuperação de Empresas, a SAA “já não está tecnicamente insolvente”, como afirmou há um mês o presidente e director executivo da empresa sul-africana, John Lamola, e cobre actualmente os custos operacionais.

Já a companhia queniana encerrou 2022 com receitas de 890 milhões USD, um aumento de 66% face ao ano anterior. No entanto, os custos operacionais do grupo aumentaram 93% devido, sobretudo, à subida do preço dos combustíveis.

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