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CORRUPÇÃO – PEP´s ainda incorrem a acumulação primitiva de capital

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Air Connection Express é o nome da mais recente operadora aérea para voos domésticos criada em Angola por força de um consórcio de empresas privadas falidas pertencentes a PEP´s (Pessoas politicamente expostas).

Segundo a imprensa especializada em matérias económicas, esta nova empresa formada por sócios de reputação questionável vai ser formada  com os impostos que os angolanos pagam.

Tudo para tapar mais um buraco financeiro com origem na acumulação primitiva de capital. 

Apesar do nome inglês, a Air Connection Express é uma empresa angolana, mais concretamente uma companhia de aviação que se vai dedicar aos voos de e para os aeroportos angolanos com menor tráfego.

O novo operador aéreo resulta de uma parceria público-privada (PPP) entre duas empresas públicas – a TAAG e a ENANA, acrónimo da empresa que gere os aeroportos nacionais – e sete privadas Air 26, Air Jet, Bestfly, Diexim, Quicango, Mavewa e SJL.

As empresas públicas serão os maiores accionistas com 30% e 10% do capital, respectivamente, mas os privados serão maioritários com 60% do capital, repartido irmãmente pelas sete empresas – cada uma ficará com 8,57%.

O sucesso de uma parceria empresarial depende das mais-valias que os parceiros podem
aportar para o negócio, nomeadamente capital, tecnologia, conhecimento do mercado e
capacidade de gestão.

Começando pelo fim, seguramente que não foi pela capacidade de gestão que a parceria se fez. Segundo a comunicação social, será contratada uma equipa de gestão profissional.

Quanto ao conhecimento do mercado também não estou a ver o que é que os privados podem ensinar, em especial à TAAG.

Relativamente à tecnologia, que se saiba, nenhum dos parceiros desenvolveu ou está a desenvolver ferramentas em nenhuma área relevante para o negócio da aviação.

Finalmente, o capital. Pelas contas do Expansão, a soma dos capitais sociais das empresas
privadas envolvidas na PPP não chega sequer aos 200 milhões Kz, menos de um milhões USD ao câmbio actual.

Só as seis aeronaves que a Air Connection vai comprar à Bombardier vão custar pouco menos de 200 milhões USD.

Como nenhum dos sócios da nova companhia tem dinheiro para comprar os aviões nem
ninguém lhes empresta, adivinhe quem é que se vai responsabilizar pelo financiamento dos
aviões: O Estado, pois claro, através de uma garantia soberana.

O que quer dizer que, se as coisas correrem mal e a companhia não puder pagar os aviões, será o Estado a entrar com o “kumbu”. Onde leu Estado, leia contribuintes.

Editor
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O Site Correio Digital tem como fim a produção e recolha de conteúdos sobre Angola em grande medida e em parte sobre o mundo para veiculação. O projecto foi fundado em 2006.

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