BCI reclama uma dívida acumulada de 970,8 milhões Kz à Suninvest. Accionistas da firma alegam não gozar de boa saúde financeira para quitar o empréstimo, razão pela qual solicitaram o perdão de 55% do crédito, tendo o banco recusado. Processo pode ser levado às barras do tribunal.
O grupo Suninvest possui uma dívida milionária junto ao Banco de Comércio e Indústria (BCI), por conta de um crédito de 922,6 milhões de kwanzas, solicitado para reabilitar e cuidar da gestão da Angomédica por um período de 15 anos, fruto de um acordo assinado entre o Ministério da Saúde e aquela firma em 2004, por via de uma orientação do malogrado Presidente da República, José Eduardo dos Santos, atestam diversos documentos ligados ao dossier a que o Novo Jornal teve acesso.
Neste momento, com juros de mora e juros vencidos, a Suninvest conta com um passivo acumulado de 970,8 milhões Kz (2 milhões de dólares) no BCI, pois dos 922,6 milhões de kwanzas solicitados ao banco, foram acrescidos juros no montante de 48,2 milhões Kz, perfazendo o valor total da dívida em 970,7 milhões Kz, até Dezembro de 2022, lê-se nos documentos em nossa posse.
A 11 de Outubro de 2022, o BCI, agora nas mãos do Grupo Carrinho, convocou o grupo empresarial Suninvest, a quem o Governo anulou a privatização da Angomédica em 2019, para negociar o pagamento da dívida em incumprimento, bem como olhar para a sua reestruturação, perdoando, por via disso, 100% de juros de mora e 50 de juros vencidos.
Já a Suninvest, apesar de reconhecer a existência da dívida, se nega a pagar o crédito na sua totalidade por não gozar de boa saúde financeira, solicitando por isso, um perdão do passivo, visto que alegou, em carta enviada ao BCI, “não ter capacidade de amortizar [a dívida] na sua totalidade junto da entidade creditícia”.
NJ