Modal informou, em comunicado, que o Credit Suisse Brasil reduziu na véspera do anúncio da reestruturação sua fatia no banco digital.
A reestruturação anunciada ontem (27) pelo Credit Suisse, com um aporte de US$ 4 bilhões, um programa de venda de ativos, saída de Wall Street e demissões para cobrir deficiências de capital, colocou o banco numa avaliação de US$ 15 bilhões pós-capitalização
O plano não prevê, pelo menos neste momento, que o grupo se desfaça das operações na América Latina, como chegou a ser cogitado. À imprensa, o chairman da instituição financeira, Axel Lehmann, disse que a região é “absolutamente core”, ou seja, relevante para a estratégia.
No entanto, o Modal informou em comunicado, que o Credit Suisse Brasil reduziu na véspera do anúncio da reestruturação sua fatia no banco digital para9,8%, ante os 16% que detinha, realizando um prejuízo. Aos preços de fechamento na bolsa na quarta-feira, a operação movimentou R$ 92,9 milhões, uma ninharia perto da capitalização de US$ 4 bilhões que será feita no grupo suíço por um banco árabe e outros investidores.
Em meados de 2020, o Credit Suisse fechou acordo para comprar até 35% do Modal por meio de opções, chegou a exercer 20%, parcela que foi diluída no IPO (oferta inicial de ações) do banco no ano passado. O acordo de distribuição permanece, mas após da venda do negócio como um todo para a XP, em janeiro, a leitura é que Modal perdeu relevância para os suíços.
Valor Económico