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Decisão do BNA mantém 80% de ex funcionários do Banco Postal no desemprego

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A Licença do banco foi revogada em 2019 e, na altura, BNA  garantiu que direitos dos trabalhadores estavam salvaguardados.  

Mais de dois anos depois, promessa de José de Lima Massano não se  concretiza. Funcionários vão à rua.

Cerca de 80% dos mais de 800 trabalhadores do  extinto Banco  Postal devem  sair às ruas nos próximos dias,  em protesto contra o BNA e os  órgãos de justiça que, desde 2019,  não tratam das indemnizações,  após a revogação da licença do  banco por alegado incumprimento do Aviso 2/2018 sobre o  aumento do capital social e dos  fundos regulamentares.

Pedro Botelho, antigo director do Xikila Money, umas das  unidades de negócio do Banco  Postal, explica que os antigos trabalhadores passam por diversas  dificuldades desde o desaparecimento do banco em Janeiro de  2019.

Deste modo, os funcionários têm na manga para os próximos dias, àquela que será a segunda manifestação para reclamar o não pagamento  das indemnizações em relação  às quais nem o BNA, nem o Tribunal se pronuncia.

“O pessoal  está completamente insatisfeito  pela violação dos seus direitos e,  com esta situação económica que  o país vive além da covid-19, não  tem sido fácil, por isso é que pretendemos ir às ruas de Luanda  manifestar o nosso descontentamento em frente ao BNA e a Procuradoria-Geral da Republica,”

Pedro Botelho  assegura que, após  as manifestações, deverão analisar os passos subsequentes, consoante a reacção do BNA e dos  órgãos da justiça.

Em Julho de 2020, em reacção  a uma entrevista à TPA do governador do BNA, os ex-funcionários  manifestaram-se “indignados”  com as declarações de José de  Lima Massano, que, na ocasião,  afirmou que “o banco faliu porque não estava tudo bem, caso  contrário não teria falido”.

Os ex-funcionários lembraram  que, na altura do anúncio da revogação da licença do Banco Postal, o governador do BNA garantiu  que estariam salvaguardados  todos os direitos dos trabalhadores.

“O BNA, ao ter retirado a  licença do banco, nada fez no sentido de acautelar os interesses dos  ex-funcionários, contrariamente  ao que tinha sido anunciado em  conferência de impressa do dia 4  de Janeiro de 2019, a salvaguarda  de direitos”, salientaram.

A decisão do BNA, que levou ao encerramento do Postal, continua, entretanto, a ser contestada, em tribunal, pelos representantes  do banco.

O Jornal VALOR sabe que um  dos argumentos da defesa consiste  no facto de o BNA ter violado o  próprio Aviso 2/2018, uma vez  que o documento, no seu artigo  6, estabelece que os incumprimentos constituiriam contravenções, nos termos da Lei de  Bases das Instituições Financeiras.

E as contravenções, nos termos dessa lei, são puníveis com  multas e nunca com revogação  de licenças.

Contudo, segundo informações a que o CD teve acesso, o caso não prossegue até ao momento em sede do Tribunal, pelo facto da juíza da causa ter sido promovida para o Tribunal de Relação.

Sabe-se ainda que já fora indicado um novo juiz para a retoma do caso do banco acusado de falência pela PGR e o BNA. .

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