Os deputados da 5ª Comissão para Assuntos Económicos e Finanças da Assembleia Nacional recomendaram nesta terça-feira, em Luanda, ao Executivo angolano, a prestar esclarecimentos sobre as incidências do incêndio da plataforma da Somoil, ocorrido no dia 04 de Abril.
Em declarações à impressa, a saída da audição parlamentar aos ministérios dos Recursos Minerais e Petróleo, e Ambiente, a presidente da 5ª comissão, Ruth Mendes, esclareceu ser importante que a administração e os cidadãos do município do Soyo, sejam sensibilizados sobre o que realmente aconteceu para garantir que não haja danos à saúde, nem ao ambiente.
Segundo Ruth Mendes, há já uma empresa independente denominado WWC, que está a realizar o relatório preliminar do que aconteceu no local, que posteriormente o Executivo remeterá à Assembleia Nacional.
O secretário do presidente para os Assuntos Políticos Constitucionais e Parlamentares, Marcy Lopes, referiu que acendendo a um pedido de audição da Assembleia Nacional, o Presidente da República, João Lourenço, orientou uma equipa do Executivo a prestar o esclarecimento à Assembleia Nacional sobre os acontecimentos e as medidas de contenção inicial, bem como todo o procedimento posterior que foram adoptados.
Quanto ao sector dos Petróleos, o secretario de Estado, José Alexandre Barroso, falou que para além dos dois feridos que tiveram uma queimadura do segundo grau, mais já estão fora de perigo, vários equipamentos da plataforma foram destruídos, para além de uma paragem de produção na ordem de 400 barris de óleo por dia.
“As investigações continuam, portanto, o mais importante foi conter e extinguir o fogo. O segundo passo, foi pôr a instalação em segurança para que não acontecessem mais incidentes”, realçou.
Informações preliminares apontam que o incidente aconteceu devido a uma possível fuga de gás que causou o incêndio.
Para o secretário de Estado, em situações desta natureza é preciso fazer uma inspecção exaustiva para saber quais as principais causas, e só depois do relatório final, vai se arrancar com os trabalhos de recuperação da instalação.
Já o secretário de Estado do Ambiente, Joaquim Manuel, referiu que neste momento a questão do controlo total do vazamento de gás, a composição do gás e os passos a serem dados a posterior, são uma das grandes preocupações.
“Numa primeira fase foi salvar a vida dos trabalhadores que se encontravam na plataforma, e posteriormente analisar as questões prováveis de impacto ambientais”, realçou.
De lembrar que o incidente ocorreu no dia 4 de Abril e só no dia 05, o incêndio foi completamente extinto,
A Somoil é uma empresa angolana que actua no segmento de pesquisa, produção e comercialização de petróleo e estabelecida no mercado angolano em 2003, tendo iniciado as operações ‘offshore’ e ‘onshore’ em 2009.
O município do Soyo situa-se 475 quilómetros a norte de Luanda e 310 quilómetros a noroeste de Mbanza Congo, capital da província do Zaire.
Angop