No dia dedicado ao seu patrono, que hoje se assinala, a Fundação Nelson Mandela pede ao mundo para unir-se e agir de forma decisiva contra as consequências das alterações climáticas e da insegurança alimentar.
Hoje, 18 de Julho, é celebrado o Dia Internacional de Nelson Mandela, efeméride criada pela Organização das Nações Unidas (ONU), em Novembro de 2009, para homenagear o legado do antigo Presidente sul-africano como defensor dos direitos humanos e da garantia da justiça, igualdade social, política e económica das pessoas negras.
A Fundação Nelson Mandela sugere que se plantem árvores e se cultive hortas para combater as mudanças climáticas e ajudar as comunidades a superar a insegurança alimentar.
“No Dia de Mandela 2023, pedimos que você use suas mãos para fazer o bem no mundo, especificamente para ajudar a acabar com a fome e mitigar as mudanças climáticas plantando árvores e alimentos em suas comunidades, cidades, jardins e calçadas”, lê-se no site da Fundação que lança o desafio de se plantar, neste dia, um milhão de árvores em todo o mundo.
O Dia Internacional de Nelson Mandela, mesma data em que o líder político fazia aniversário, é um momento especial que promove a reflexão sobre a vida do memorável defensor da dignidade.
Conhecido também como “Madiba” (nome do seu clã), Mandela nasceu numa pequena vila denominada Mvezo, na África do Sul. Filho de família de nobreza tribal, recebeu o nome de Rolihiahia Dalibhunga Mandela.
Em 1925, quando passou a frequentar a escola primária, Mandiba recebeu da professora o nome de Nelson, como homenagem ao almirante britânico Nelson, para muitos, o maior génio que já existiu em estratégia naval.
Aos 9 anos de idade, após a morte do pai, frequentou a escola preparatória Clarkebury Boarding Institute, exclusiva para negros. Já em 1939, ingressou no curso de Direito da Universidade de Fort Hare, a primeira instituição a promover cursos para negros.
Luta contra o apartheid e prisão
Quando o apartheid foi instituído na África do Sul, poderes políticos ficaram ao encargo de brancos. O regime dividiu os habitantes em grupos raciais e havia locais públicos que poderiam ser frequentados apenas por brancos. O apartheid proibia relacionamentos inter-raciais e a qualidade de serviços públicos era superior aos prestados aos indianos, mestiços e negros.
No final da década de 40, Mandela ingressou na luta pelo fim do apartheid, inclusive foi líder do Congresso Nacional Africano (ANC) que defendia o fim do regime racista. Após a participação em protestos contra o apartheid, Mandela foi preso em 1962, primeiro em Robben Island e, mais tarde, nas prisões de Pollsmoor e Victor Verster. Passou 27 anos preso. Após campanhas internacionais, recebeu, finalmente, a liberdade em 1990, e continuou sua luta pela igualdade, tendo recebido o Prémio Nobel da Paz, em 1993.
Em 1994, na primeira eleição aberta para a população negra, Mandela foi eleito Presidente da África do Sul. O líder político promoveu diversas reformas que instituíram a liberdade, respeito e dignidade da população negra. Nelson Mandela morreu a 5 de Dezembro de 2013, em Joanesburgo, aos 95 anos.
JA